Os adversários entram na arena, soltas às feras que habitam no seu interior. Nesta batalha não há público, não há bilhetes à venda. Não existe cadeiras, não existe plateia. Nós próprios somos lutadores e assistimos ao nosso combate impiedoso, estamos presentes, somos astutos. Soltamos nossas feras, para um confronto. O combate é dissimulado em algumas brincadeiras, um jogo em todos os sentidos. Nossa carne passa de artificio, para utensílio. Paradoxalmente, usamo-la para dar valor e para maltrata-la. Toma lá, dá cá. O sangue nesta guerra é substituído pelo suor, sangramos suor a medida que as nossas forças são consumidas. Guerra, jogo, batalha que é apetecida e apreciada. A malícia é demonstrada a cada investida. Cada gesto é correspondido por gemidos profundos que demonstram claramente ao ponto em que esta a batalha. A arena tornasse confusa, perdemos a noção de gravidade, deixamos de definir a ficção da realidade. Nada importa, tudo interessa, ousadia. Nós, publico, levantamos e apla...
Sobre tudo sobre nada. Um nada que faz parte de tudo.