A voz desperta dentro do som, e este é um mergulho em um oceano invisível, onde o corpo e a alma deixam de ser opostos e se tornam o mesmo pulsar. Cada batida, cada respiração, é um eco daquilo que vibra além do mundo físico, uma lembrança de quando o silêncio fala. No início, o caminho entre sombras e vento, guiado apenas pelo som distante do coração. A escuridão não é medo, é um véu, o limite entre o conhecido e o místico. A cada verso, o fogo interno reacende, o corpo dissolve-se no ritmo, e a consciência expande até tocar o infinito. A canção é uma dança entre desejo e transcendência. Os cânticos, os tambores tribais e as vozes corais são reflexos do interior em expansão. Cada camada sonora representa um estado da alma, até restar apenas a essência: luz e som. No fim, quando o eco desaparece e a última nota se dissolve no silêncio, não há mais “eu” nem “outro”. Há apenas unidade — corpo, alma e luz entrelaçados. We are sound… we are one. Esta música, finalmente, respira livre. ...
Sobre tudo sobre nada. Um nada que faz parte de tudo.