Ontem estava assim: Sou cavaleiro que chega na calada da noite, montado em sonhos de esperança, iluminado pelas promessas do amor e abraçado pela dor. No teu olhar procuro o teu leito, que me aquece na gélida noite em que bati na tua porta. Na noite escura em que agasalhaste no doce calor da tua ternura a minha armadura. Por quê me deixaste neste leito? Tenho frio... Olha para os meus olhos, que escorrem lágrimas de sangue. As lágrimas soltas pela tua ausencia são salgadas, sabem à saudade. Como foi curto este amor e é tão longo o seu esquecimento... Hoje acordei, transformei este pesadelo em esperança. Abracei a vontade de viver o presente no caminho de um futuro. Senti o cheio de um momento infinito. O momento em que voltei a abrir o meu coração a uma nova vida, na esperança de cobrir e pisar esse sentimento nefasto que assola a minha existencia. Hoje sou um principe mas não sou encantado. Conquistei o meu castelo, dominei a minha princesa. Hoje sou imortal com este poder de viajar e...
Sobre tudo sobre nada. Um nada que faz parte de tudo.