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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2005

Império dos sentidos

Ontem estava assim: Sou cavaleiro que chega na calada da noite, montado em sonhos de esperança, iluminado pelas promessas do amor e abraçado pela dor. No teu olhar procuro o teu leito, que me aquece na gélida noite em que bati na tua porta. Na noite escura em que agasalhaste no doce calor da tua ternura a minha armadura. Por quê me deixaste neste leito? Tenho frio... Olha para os meus olhos, que escorrem lágrimas de sangue. As lágrimas soltas pela tua ausencia são salgadas, sabem à saudade. Como foi curto este amor e é tão longo o seu esquecimento... Hoje acordei, transformei este pesadelo em esperança. Abracei a vontade de viver o presente no caminho de um futuro. Senti o cheio de um momento infinito. O momento em que voltei a abrir o meu coração a uma nova vida, na esperança de cobrir e pisar esse sentimento nefasto que assola a minha existencia. Hoje sou um principe mas não sou encantado. Conquistei o meu castelo, dominei a minha princesa. Hoje sou imortal com este poder de viajar e...

Luar

Esta noite ofereço-me, noite doce de luar, ao entrelaçado do silêncio onde busco o teu corpo que fala. Os versos que banham a tua forma numa silenciosa poesia. Mesmo quando estás pedra macia, onde gravo a minha euforia com demasiada precisão. A história multicolor com ambições de voar. Na praia esquecida pela água do mar, nossos corpos cairam no inquietante desejo. O corpo que como pétala frágil uma paixão que corre nos lábios, nessa carne tão humana. Carne elouquente de viver. Ter-te nos braços é como um uivo de liberdade. Nessa noite de luar soube o que escrever, mas não pude compreender, E então... Lanço esta paixão ao fogo, o instrumento, Fruto de um sentimento passageiro, Bebemos o nosso complemento, Brindamos ao encontro do momento, O cheiro do amor solto no vento, Aquela força que a embaraça, Um nobre sentimento que despedaça. © Mestrinho