Sou cavaleiro que chega na calada da noite, montado em sonhos de esperança, iluminado pelas promessas do amor e abraçado pela dor. No teu olhar procuro o teu leito, que me aquece na gélida noite em que bati na tua porta. Na noite escura em que agasalhaste no doce calor da tua ternura a minha armadura.
Por quê me deixaste neste leito? Tenho frio...
Olha para os meus olhos, que escorrem lágrimas de sangue. As lágrimas soltas pela tua ausencia são salgadas, sabem à saudade.
Como foi curto este amor e é tão longo o seu esquecimento...
Hoje acordei, transformei este pesadelo em esperança. Abracei a vontade de viver o presente no caminho de um futuro. Senti o cheio de um momento infinito. O momento em que voltei a abrir o meu coração a uma nova vida, na esperança de cobrir e pisar esse sentimento nefasto que assola a minha existencia.
Hoje sou um principe mas não sou encantado. Conquistei o meu castelo, dominei a minha princesa. Hoje sou imortal com este poder de viajar entre o real e a fantasia. Reinaremos neste império de Amor, não eternamente mas para sempre.
Moldei-me com a experiência.
Mesmo assim afirmo com palavras que não são minhas, mas com o sentimento que o é.
“O beijo nasceu quando o primeiro réptil macho lambeu a primeira réptil fêmea, significando com isso, de maneira sutil e elogiosa, que ela era tão suculenta quanto o pequeno inseto que ele jantara na véspera”
(F. Scott Fitzgerald)
© Mestrinho