3.28.2005

Amor gestante


Raymond Ellstad - "Flyng"

Mergulhas em meditação,
Deixas de resistir a emoção
Para encontrar o amor,
A dor e a humildade.
A alegria e a liberdade,
Sentimento da vida, esse de amar.
Vontade de afrontar
no sentimento do mundo,
que a cada segundo
causa feridas sofridas,
ao longo da vida.
Que faz a face chorar
e no peito gritar,
essa paixão que nasce.
Corpo fisico que morre
Na dor mutante,
No Amor gestante

No espaço entre o que fomos e o que somos
perduram as frases que não foram ditas
aqueles gestos que não foram feitos.
E de toda a história da vida
que o destino não escreveu.
Ainda nos resta algo,
Algo que alimenta
esta "máquina" cíclica da vida.

© Mestrinho

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3.22.2005

Da história o capitulo décimo


Invading Psyche Dream

Era precisamente isso que eu queria
Desde o capitulo primeiro
Com doses extras de energia
Envolvido nesses termos
Dominar a fera sem medos
Nesta fraca luminosidade
Que paira sobre a cidade
Neste circo de feras
O que mais esperas?

Agora já é demasiado tarde
Envolveste-me, é essa a verdade
Rugi sobre o teu corpo despido
Por ti, poderosa Amazona senti-me caido
Deste gesto sem excesso
A qual não existe regresso
Da história o capitulo décimo
Vivido até ao centésimo
Comi o teu corpo suado
Palpitante e sempre calado
Sedosos lábios carnudos
Consumimos-nos completamente mudos
Neste livro que fica para a memória
E detalha a nossa história
Até ao capitulo décimo quarto
Longa descrição deste acto
Tranca-me nesta jaula
Ensina-me mais dessa aula
O teu intimo quero identificar
E o no corpo delirar
Até ao capitulo décimo sétimo
Repetir com audácia, por acrescimo
No olhar feroz e selvagem
Que mesmo com pouca coragem
Colheu o suplicio deste encontro
Deste longo e esperado confronto
Queres voltar a dominar a fera?
Ou ainda estás a espera?


© Mestrinho

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3.20.2005

Vertiginosa ninfa feroz









Flash © Mestrinho

Corpo nú de pé
Nesse campo de alegria
Sobre o sol do meio-dia
A menina que domina
Os teus passos, a tua voz
Vertiginosa ninfa feroz
Que pelo caminho percorrido
Perde-se no ritual não cumprido
A doce loucura carnal
Do instinto de um animal
Que no acto de suar
E o corpo embalar.
Brinda aos êxtases da paixão
Suave embalo de linguas e mãos
olhar, bocas, pétala, rosa
Que sai neste jeito de prosa
Depois de criar coragem,
no desenho desta passagem,
dar-te-ia tudo. Acredita menina
se o mundo fosse meu,
também era teu.
Que bela viagem fiz entre esses dois espaços, pela fraca luz decifrava os teus contornos e delirava ao descobrir o teu novo universo. Aquele bem travesso.


© Mestrinho

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