Uma carta aberta [intimidades]



Entre caminhos que seguem por direcções opostas, consegui definir e realçar o caminho que aparentemente está certo. Nem tudo é perfeito e por vezes a mínima [in]decisão é como sentir perdido por entre as escolhas.
Desejos sim, do sentimento [im]perdível, assim como é, assim como está e assim como és. Este sentimento de que as nossas almas fossem, eternas afirmações de amor e de prazer. Um sentimento que faz a alma penar na ausência, que faz riscar palavras desconexas, com um único e racional pretexto de viver [in]completo de efémeras imagens, nem que por breves instantes sejam. Que mesmo breves, trazem a verdadeira sensação de liberdade, livre de preconceitos. Sentir assim saudoso é como captar movimentos [in]consequentes, calorosos e por nenhum momento banais.
Que efeito que tens “menina” fresca e mimada, este é o sentimento que queda, um sentimento louco e desvairado, um sentimento embriagado de “morrer” nos teus braços e sentir a doce paixão, como se de um momento eterno se tratasse. Neste caminho descobri que és definitivamente uma “menina”, tenra no ideal, cheia de atitude. Cheia de gosto pelos desafios, das apostas, das embrulhadas que se desfazem, das loucuras, dos devaneios.



Com a alma na palma da mão
O teu corpo no meu encaixado
Sedento, louco por ser desejado
Corpos que gemem ao contacto
no acto tresloucado.

Sentir premeditadamente o toque,
O despertador de sensações,
Que enchem de emoções
É como sentir o [in]atingível desde o começo
É o fruto do desejo sentido com apreço.

Na tua pele quente e febril
A tua ardente paixão
Clama prazer e sedução
Neste jogo da vida
É certamente a mais apetecida.


Reafirmar o que já fora dito é como uma soma de desejos, de apetites por saciar, de frustrações, de cóleras, delicias, fantasias despertas, algumas crónicas, outras caóticas. Pensamentos, muitos de enlouquecer apaixonadamente, das muitas de mil maneiras de rir por tudo e por nada, sobretudo de nada ou quase de tudo. Situação caótica, embaraçosa e até por vezes insana. [In]sanidade que leva a seduzir e a recusar pertinentemente em ser mais um. Falo do comportamento, resultado de um índole pessoal nesta espiral elíptica.



Mergulho em solidão voluntária
e Sonolento,
cantava esta melodia
e ouvia.
Enquanto no canto, [d]esperando
[a]guardava.
Um sorriso que chegaria por certo
E que logo marcaria mais uma volta...
no doce relógio da vida.


Talvez já estejas cansada(o) de ler as minhas palavras dispersas de sentimentos [in]fundados, talvez para ti sejam estas palavras banais que falam desconcentradamente de relações. São só uns dedos sedentos de escrever linhas de frases disparatadas, de frases construídas de vivências.

Em meio às minhas orgias intelectuais de caminhos em círculos concêntricos, filosofo acerca do beijo proibido. Assaltado de um pensamento aéreo, permitindo o pecado por várias vezes, antes que o dia amanheça.


© Mestrinho

Comentários

Anónimo disse…
Esta tua Carta aberta, foi um manifesto explicito do meu estado de espirito, acreditas?
Se ousasse neste momento escrever sobre como me sinto, talvez não conseguisse ser tão nua e crua, como foram estas tuas palavras.
Como eu costumo dizer, temos momentos de felicidade, momentos de tristeza, momentos de raiva, momentos de [in]conformidade... e momentos assim, como este que acabaste de deliciosamente escrever...
Os meus agradecimentos pelos momentos que me proporcionaste aqui neste momento ao ler-te.
Coninuação de um bom dia...
Anónimo disse…
Olá mestrinho, adoro quando escreves assim. Sei bem do que falas sobre a solidão voluntária. Por vezes temos de nos permitir a estamos sós. Eu faço isso algumas vezes e só me faz bem. Já sei que tens a viagem marcada para o ano que vem, parabéns.
Um bjo grande
Anónimo disse…
Simplesmente... LINDO!!! Gostei muito. Jinhos :-)))
Anónimo disse…
Obrigada pela visita ao meu casulo. Parabéns pelas palavras. Simplesmente deliciosas. Voltarei, obviamente
Anónimo disse…
Deliciosamente belo. *****. Beijinhos
Anónimo disse…
uaau, ta mt fixe o blog, já fizeste umas mudanças ;) e pelos vistos ainda n perdeste o jeito de escrever.. continua assim k vais my bem =P bjokas da pitinha loool
Anónimo disse…
Lindo o teu poema...mesmo...sem palavras! Adorei o teu blog, profundo, sensual... ***
Anónimo disse…
Está muito bonito este poema. Porta-te bem
Anónimo disse…
Que injustiça, Eca...Então entro eu aqui toda satisfeita, para ler as novidades, deparo-me com este belo poema, comento-o toda sensibilizada e tu... Buá, buá... estou a chorar, vou entrar de quarentena!!! Jinhos! Coincidência! Só pode ter sido! :-)))
Anónimo disse…
Estou lendo e apreciando com gosto o teu blog. Voltarei por certo.
Papoila disse…
Esta carta aberta foi mais uma das tuas surprendentes criações ECA. Este "manifesto" sobre a necessidade de estar só, mas de se dar em palavras, que nos assaltam num turbilhão de sensações e emoções. Uma ode à comunicação. Belo. Beijo
Anónimo disse…
Bom , aqui estou eu como prometido, a hora já é tardia, e os olhos teimam em fechar, mas claro que depois de descalçar os sapatos, fazer um xixi e ver o meu filho, tinha que vir ler esta Carta Aberta. E gostei imenso, gostei das palavras escolhidas, gostei da métrica, gostei do alinhamento, do conteudo acima de tudo.
Escrever é viciante, começa a fervilhar no sangue, e a vida é vista não só mas tb através das letras e das palavras.
Estas duas ultimas são obviamente não apenas paixão minha, mas tb tua.
Por vezes é dificil fazer certas escolhas, tinhamos certas pessoas num plano utópico quase, mto além do que elas tinham para nos oferecer.
E isso doi, mas escrever exorcisa, vai limpando aos poucos, mto devagarinho, pois os dedos tomam o controlo e descodificam -nos a mente, para q nos possamos auto compreender. ( tou mm cansada lol )
Mas gostei mto deste teu sentimento maduro, dorido, mas um pouco á moda de uma Fenix Renascida. Só me resta dar-te os parabéns e desejar-te bons sonhos...;)
Anónimo disse…
Fikei sem palavras a ler as tuas palavras...

Aliás,
Vou ler de novo ;o)

Beijos sentidos*
BlueShell disse…
Um sentimento complexo....sen dúvida!
Gostei muito!
Beijo com sabor a serranias
BShell
Amita disse…
Pensei-te em longa viagem
assim o disseste
Surpresa e encantada
encontro mundos num mundo
aberto em cascata
gotas de sentimentos
que vestiste e correste
no caminho... nas imagens
Efemeridade...momentos...
Belas são as palavras
que espalham
véus
de letras.

Aproveito a oportunidade para te informar que também estou no link que te deixo. Deu muito trabalho mas valeu a pena.
Um bjo, uma flor e o desejo sincero que tenhas uma semana de sorrisos doces

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