Photo by `noir (2002-2006) Quando por ti passo, na tua praia, E observo tua silhueta, Envergonhada, deitada n’areia, Quando por ti passo, E esbracejas um sorriso, O sorriso que contém O mistério perverso do compromisso. No trampolim dos sonhos, Tu te rebaixas e rebolas Desejosa de colo. Colo, que eu nunca tive És só uma Mulher que vive. Com a alma envergada Para o dia da vigília, alma velada. E agora que o corpo entorpece Veio a luz clara, como a teia que se tece. A vida que queremos ter antes de viver A vida sofrida de querer, difícil de antever. Como o arco-íris e as suas tintas Coloridas, com formas distintas. Agora que jaz pálida Na essência do dom material Na força do prazer carnal Sem esquecer que eram assim Este esplendoroso jardim Chora e cobre-te de luto Desse amor passado devoluto Deita na minha cama Diz-me agora a quem amas Planta em ti uma semente Da esperança fundida de desejo demente Mostra o teu lado selvagem Assume-te com coragem Porque assim desejaste E a minh´alma enc...
Sobre tudo sobre nada. Um nada que faz parte de tudo.