5.20.2006

Anatomia de um sorriso




Em tempos de tristeza
Colhi do passado um fresco alento
De jovens em fase de intento
Que nas frustrações,
desesperos e ilusões.
Palidamente, desistira da eternidade
Desistira de tocar o infinito
Sei bem que não me compreendes.
Sei bem que já estive mais perto do entendimento.
E o único que sinto
É este momento.
E tudo o que tenho para respirar
É o breve alento, o de te amar
Porque cedo ou tarde
Tudo pode acabar.
doce saudosismo
que aparece como um cismo
E torna o pensamento em um cataclismo.

A Mulher
A debilidade.

Docemente recordo-me
Dos tempos vividos
Dos sentimentos queridos
Das situações causadas
Dos nossos caminhos pelas estradas,
Da vida
Das nossas cumplicidades conhecidas.

O coração
A emoção

Em jeito de lobo mal
Boca grande
Que excita
Que convida
Ao acto selvagem.
O desejo animal,
O prazer carnal
Desta força fenomenal
Não houve amor igual.
Vem, volta ao calor intenso
Tenho a certeza que ele será imenso.

© Mestrinho 20 de Maio de 2006

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5.11.2006

[Inexorabile] Matéria Abstracta



Inexoravelmente, a matéria abstracta do amor, não é apenas uma idéia inventada pela mente humana.
"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida ?
É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa; porque um esboço é sempre um projecto de alguma coisa: a preparação de um quadro; ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada. É um esboço sem quadro." [Milan Kundera]



Mesmo que fora do conhecimento,
Antes do principio do fim
De tudo o que retrata a alegria,
Escondido dentro de mim ...
(ou bem visível)

Mesmo que eu pudesse,
como evitar a lágrima atrevida do passado?
Tudo deveria valer pelo que é demonstrado...
E ecoa o sentimento passado...
Mesmo que eu quisesse me livrar,
Por onde começaria?
O que ficaria?
Se o desconhecido,
No fundo,
É escuridão..
Afinal o que é isso que persiste
no meu coração?


Inexoravelmente, faz pouco tempo, deparei-me de uma forma muito inesperada, com o meu passado. Não se tratou de sonho, nem ilusões, simplesmente existiu algo que ainda não [In]defini, chamado “águas passadas”. Mas será esta realidade um sonho? Mesmo assim ainda guardei uma bela visão de ti, antiga e persistente ao tempo, essa paixão.
Hoje quero apenas sentir esta nostalgia, e nada poderia ter impedido, apenas sentido. Destas palavras condimentadas com todos os temperos, saborosos e amargos, transformam-se na glorificação e perdura por tempos infindáveis. Pensei muito no que passou e não consegui prever aquilo que ainda está para vir. Neste presente quero apenas, e se não for pedir muito de ti, alcançar o inesperado, o inevitável, o inexplorado. Neste presente talvez seja uma gota de chuva que cai e refresca esta ardente [com]paixão. Como ousa esta alma entrar atrevidamente nas minhas emoções, com ousas olhar-me assim nos olhos, vendo-me no passado.

Uma gota que escorre descontroladamente dos meus olhos. Neste presente existe algo que difere o presente e o passado... E isso não tenho dúvidas. Sentimento desvairado de tempestuosa vontade de explodir em sorriso e lágrimas. Que sentimentos contraditórios, estarei a beira da [lou]cura? Só sei que este lado racional não consegue convencer o coração teimoso.

Milan Kundera tinha a verdadeira razão, a vida é um esboço, um esboço do nada, sem quadro. Entendes agora porque este é insustentável o sentimento imperdível de viver pleno de Amor? Existem coisas que não sabemos que sabemos. Como isso é possível?


© Mestrinho 14 de Maio de 2006

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5.03.2006

Metamorphosis



Video por spyvspy aka Mestrinho (video produzido em 2009©)

No pálido fresco das árvores que dançam ao sopro do tempo
Lá fora a terra seca bebe na mão da tempestade,
Suspiros e anseios dissolvidos pelo vento
Colho nesta manhã fresca o beijo, a tua castidade
E se isso não é pouco, apaparico a tua vaidade,
Leve e fresco como uma brisa do mar
Um “ar” de devaneio veio para ficar
E no doce embalar das ondas
e ficar assim indignado por uma mudança
Assim tão brusca, assim tão elementar.

Conta-me os teus mais secretos desejos
Os sonhos mais escondidos, os anseios
Fala-me por onde andam as lágrimas
Transporta-me para as ilusões
Vestidas da tua nudez
Vamos reviver tudo outra vez
Antes que o nosso amor seja silenciado
Num Amor louco como amor desesperado
Livres, leves e soltos,


Que palavras poéticas
trariam melhor ética
Que palavras,
seriam susceptíveis a atenção
merecendo todas essas frases críticas.

Enquanto questionava,
transportava nos gestos
o limiar das palavras que brotavam
da boca. Incandescentes
e cruéis como o sentido exacto
das suas origens.
Decifrava e fazia do monólogo
no centro irónico do universo,
com um sentimento travesso.

© Mestrinho

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