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Mensagens

A mostrar mensagens de 2004

As vezes estás ai, conectada ao presente.

Nem em toda a Mulher reside esse apêndice de super, mas foi ai que o prazer instalou os seus cadeados mais secretos. Aureolada pelos lábios e pelo desejo de um Homem. É como dizer-te: a tua boca é uma delicia, é por si só um festim. Por que sabia tão bem fazer-te frente? Por que resistir mais tempo em vez de deixar jogar o meu corpo em cima do teu? Quando toco os teus lábios convido todos os cumplices dos meus sonhos. Provei o gosto da tua boca, respirei o teu cheiro a mar, excitei-me com a tua respiração. Tenho vontade de te rodear e te possuir. És um mistério que amo. Preciso fazer-te brilhar. Nossas carícias prolongam-se até entorpecer nossos sonhos. Os teus olhos revelam-te, simples e graciosa, astuta, sensual. Ao ver-te deitada, senti vontade de te olhar sem me apressar, de perder-me loucamente. Ocupando um lugar ao sol, onde pus a minha cabeça no meio do céu e lá de cima passei o meu olhar dos teus cabelos à ponta dos dedos do pé. Que bela viagem fiz entre esses dois espaços. Sab...

Quem diria...

Quem diria que existe um céu. Quem diria que tudo tem razão de ser. Quem diria quem somos. A chave dos jardins suspensos da Babilonia, Está no interior, no sentir Quem diria que sentimos. Quem diria que choramos. Quem diria que sorrimos Nas noites de luar, o maior brilho Está no interior, gostar Quem diria que somos sábios. Quem diria que dois mais dois são quatro. Quem diria o que é saber! Na escolha do caminho, o melhor Está no interior, decisão. Quem diria que beijamos. Quem diria que fazemos caricias Quem diria que fazemos amor O Amor definitivamente está no interior, quando estás ao meu lado © Mestrinho[Eca]

Um dia especial

Por vezes quero descer à terra, mas no escuro respiro e não percebo, sou como se não fosse, só há sombras que dançam e ruídos em redor. E pergunto por que desço, por que me procuro sem ciência nem método, por que tomo posse da noite, quando é o dia que é nítido e tem cor. Porém, de dia nem tudo é perfeito, há medos que enchem de névoa os olhos. E o desespero alastra como densos laivos de tinta numa tela; tudo escurece e alimentas mágoas e segredos, escondes tudo o que dentro de ti é sincero, num esgar encurtas o horizonte na tua janela. É triste quando o dia se intersecta com a distância, em ímpetos de frequências aparentes e calmas… quando noite e dia se olham e não se compreendem. Mesmo unindo-nos um sentimento em consonância, de facto “Há dias em que as nossas almas realmente se amam, mas não se entendem…” Quero-vos apresentar a Lia. O resto vc´s vão descobrir com ela. Texto feito pela Lia para a Teresa quando fez 18 anos, Brigado fofa!

Suspiro

Flash Mestrinho Fala-me do teu corpo Do desejo agridoce Do amor realizado Do leito escaldado No tempo dilacerado De sons delirantes Colhidos neste instante No desejo de gemer E muito mais querer O passar impiedoso do tempo Não longe deste pensamento Senti o calor da tua cama Fresca, jovem e nua Dama Neste corpo surrado e por ti maltratado É Como gravar uma imagem na única muralha que se ergue perante mim onde a tua beleza é flor de jasmim Que dedilho impiedosamente Com o devaneio entre mente Uivo à minha luxúria Tomo-te em controlada fúria Em dança alucinada Faço de ti uma Mulher desejada © Mestrinho

Clara é a tua alma, Clara é a tua beleza

Claramente existe algo, algo que passa para além da minha compreensão. Se de cada gesto meu pudesse ser vocacionado para ti, seria pouco. Se de cada vez que te roubo esse teu sorriso simpático e envolvente, que leva a minha alegria, alegria de te ver contente, se de cada sorriso teu deixar algo mais de mim então é por que vale a pena. Vale a pena sentir que entraste violentamente nos meus pensamentos, no meu coração frágil de experiências de vida, condição que não é diferente da tua. Se por vezes encontramos-nos em sintonia, já me perguntei o por que, se por vezes existem detalhes de nossas vidas que não conseguimos resolver, também já pensei nisso. Se voltar a encontrar aquele anjo amigo, aquele que já me deu coisas boas, aquele que me acompanha. Se o encontrar e um desejo puder realizar, nada mais que o teu carinho não queria perder. Tenho medo de te amar, mas tenho mais medo de te perder. Se de tudo o que vivi, mágoas e dor trouxe-me, se tive de passar por isso para conhecer-te, ent...

Marcas d´agua

“Rir é correr o risco de parecer um parvo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver. Expor os teus sentimentos é correr o risco de mostrar o seu verdadeiro eu. Defender os teus sonhos e ideias diante da multidão é correr o risco de perder pessoas. Viver é correr o risco de morrer Confiar é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de fracassar Mas devemos correr alguns riscos, por que o mais perigo é não arriscar. Existem pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não tem nada e no fundo não são nada. Elas até podem evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.” Este texto foi retirado de um mail que recebi. Autor desconhecido. Transcrevo o que estou a viver neste momento. Poderia calar-me, mas chego a conclusão de que devo dizer. Aliás sinto-o no meu peito, que arde de prazer e aguenta a pressão para não explodir de alegria. No que ca...

Cancer

O Caranguejo é o quarto signo do zodíaco. Os três signos que precedem o Caranguejo lidam com o autoconhecimento, o mundo físico e o mundo intelectual respectivamente. As pessoas deste signo, por sua vez, concentram-se na família. São emotivas e tradicionais, interessadas na hereditarieadade e genealogia, o que se reflecte no seu desejo de tomar conta de parentes e de prolongar a linha familiar. As suas vidas giram normalmente em torno da casa, incluindo actividades relacionadas com a hereditariedade e com as raízes familiares. Sendo o quarto signo, o Caranguejo também governa a quarta casa: a casa do lar. O símbolo astrológico do Caranguejo é o caranguejo. Tal como o caranguejo, as pessoas deste signo passam a vida dentro de uma concha que não é fácil de se abrir. Se necessário, as pessoas deste signo escondem-se dentro de sua concha até se sentirem seguras, mas às vezes são temperamentais e recusam-se a sair. São rabugentos. Em geral, as pessoas deste signo são as primeiras a expressa...

A Guerra

Os adversários entram na arena, soltas às feras que habitam no seu interior. Nesta batalha não há público, não há bilhetes à venda. Não existe cadeiras, não existe plateia. Nós próprios somos lutadores e assistimos ao nosso combate impiedoso, estamos presentes, somos astutos. Soltamos nossas feras, para um confronto. O combate é dissimulado em algumas brincadeiras, um jogo em todos os sentidos. Nossa carne passa de artificio, para utensílio. Paradoxalmente, usamo-la para dar valor e para maltrata-la. Toma lá, dá cá. O sangue nesta guerra é substituído pelo suor, sangramos suor a medida que as nossas forças são consumidas. Guerra, jogo, batalha que é apetecida e apreciada. A malícia é demonstrada a cada investida. Cada gesto é correspondido por gemidos profundos que demonstram claramente ao ponto em que esta a batalha. A arena tornasse confusa, perdemos a noção de gravidade, deixamos de definir a ficção da realidade. Nada importa, tudo interessa, ousadia. Nós, publico, levantamos e apla...

Bum Bum Bum

Nossos corpos transpiram, gotas de suor escorrem para ensopar nossa roupa. Foi longo o caminho, caminhos sinuosos, cheios de curvas. Paramos, a sede predomina. Uma fonte que banha a serra, cospe água gentilmente por entre as pedras já há muito polidas pelo tempo. Reparo na fonte e vejo algo peculiar, anjos gravados na pedra. Nossa conversa começou com a nossa volta de bicicleta, e incrivelmente aprofundamo-nos em nós próprios. Foi como se o anjo de pedrada houvesse atingido nossos corações com uma flecha. Falamos dos mais íntimos dos desejos, da natureza, do dia-a-dia. E progressivamente, alternamos as nossas palavras em brincadeiras, risos e gestos de ternura. Odores de feromonas e hormonas combinam-se no ar, em uma excelência absoluta criando a química. Mesmo o ambiente fresco da serra em combinação com a água fresca da fonte, são chegavam para arrefecer os nossos ânimos. Tu fazes-me um carinho, tuas mãos correm-me toda a espinha dorsal criando um efeito explosivo. Dou-te aquilo que ...

Duelo injusto

Abraço-te, pois o sentimento é mais forte. Nossas esperanças parecem vacilar, numa separação tão forte. Foram embora nossos melhores amigos, calorosos amigos desde sempre. Tornaram-se um dos nossos pontos de referência. Não conseguimos conter as lágrimas e a tristeza. Longas foram as noites e dias em que nós os quatro nos divertimos. Abandonamos a estação do Arco do Cego, dissimulados por entre a multidão que se apressa para não perder o autocarro. Lágrimas causadas pelas separações não são estranhas nesses locais. Observo estático uma mãe que chora desalmadamente pelo filho que parte, seu corpo fardado não esconde um jovem com medo, medo da separação. Meu coração entra em compaixão, perplexo, quase tenho vontade de o abraçar. Sim está viva a separação em mim. "vamos beber café?" pergunto-te eu. Sentamo-nos na esplanada e conversamos. Falamos sobre aquilo que aqui descrevo. Falas-me sobre onde vamos passar o fim de semana. Sim porque estamos ainda na sexta-feira. Praia? Casa?...

Amor patético, amor poético

A primeira vez imortalizada em uma lembrança que ocupa grande parte mim. Na minha tenra juventude, mais um perdido nos caminhos da ignorância. Fechado em mim, isolado de tudo e de todos. Em um mundo cru e bruto. Encontro aquela que seria a primeira e verdadeira paixão, experiência. Jovens, férteis de brincadeiras, amigos de longa data. Encontramos os nossos primeiros propósitos na noite de fim de ano. Depois de uma noite calorosa entre amigos e desconhecidos que rapidamente tornam-se familiares. Eu, somente eu, inocentemente virgem. Em tua casa para onde sou arrastado sou atacado pelo teu olhar possuidor. A ideia agrada-me, mas sinto medo, tenho medo do teu olhar que além de sedutor tem por entrelinhas, malícia. Deixo-me estar, estático, pálido, inseguro. Tu avanças sorrateiramente, tua mão ousa-me tocar, por instantes tento vacilar. Arrepios correm a minha espinha que fazem o meu corpo dobrar. Quebro-me em pedaços, e tento apanhar-me pelo chão. Entre carícias e toques o atrevimento fl...

Fomos projectados no tecto, sós, filhos de um Deus só.

Fomos projectados no tecto. A minha essência sorri. Os meus fantasmas libertam-se de mim, tornando-me mais maduro. Sinto-me solto... A minha alegria está centrada neste presente. Vivido até ao último suspiro. Vozes aclamam e valorizam o meu esforço. Esforço que não foi em vão. Toda a razão está conjugada não só no que sinto, mas da minha alma partilhada. Palpita-me muito. Agora? Agora os sonhos são outros. Já sonho na tua ausência. Já não choro na tua partida. Vejo-te nítida, sensível ao meu toque… a visão de ti, inspira-me constantemente. Vou para a sala de estar, abro a janela e deixo que a brisa da manhã retire o cheio de casa fechada, deito-me no tapete de cores envolventes. O ar fresco, o silêncio, a luz do sol nascente, acompanham numa breve soneca. Fecho devagar as pálpebras e respiro a pleno pulmões até que começo a sentir a respiração como uma onda que vem e que vai. Fui mais uma vez embalado pelo sonho e a paixão embalou-me nos teus braços, sonhos de ti. Embora não consigo di...

Estou vago em mim, estou completo no mundo.

Movimentos são captados pelas mais ínfimas das sensibilidades. Em todo somos como uno. Massas movem-se em harmonias na hora de ponta. Todos são suspeitos, olhares são trocados. Encontrões oferecidos em beneficio próprio, somente para não se perder a próxima carruagem. Todo o espaço é preenchido. Vozes sussurram por alguns conhecidos, em outros apenas impera o silêncio. "Próxima estação Marquês de Pombal a correspondência com a linha amarela", saio ainda atónito, espantado e com algum receio da multidão, que embora apressada, parece mover-se em letargia. Estática, mas imparável. Milhares de indivíduos passam diariamente incógnitos, pelas entranhas da cidade que ainda desperta da noite agitada, que assistiu mais uma vez as loucuras da noite. No congelamento desse instante, em que vislumbro pontos uniformes bailando por entre corredores e escadas rolantes. Todos por serem uno, assemelham-se uns aos outros, não sendo perceptível grandes diferenças. Ao pisar o ultimo degrau, o ar ...