Breve nostagia que assola as noites, neste grito rasgado em voz rouca. Que recorda que de todas as vezes foram poucas, mantendo por largos tempos o olhar afastado do jogo de emoções das tardes quentes. Foi Rei e morreu. Caiu na sua própria desgraça e não disfarça que o seu leito molhado e desarrumado já nada tem graça. Dessa morte não sei dizer e acho que não há nada a fazer. Dessa lágrima que desce quente e arrefece rapidamente. Nos sonhos fracassados e não contados pela vergonha, que o menino veio ao mundo, entregue por uma cegonha. O ténue fio dessa breve memória, aquela registada pela história. E enquanto o Rei estiver vivo o leito da sua Dama será sempre aquecido. O nobre que no fino traço desenhou as belas curvas da Dama Sobre a folha branca, deitado, corpo desnudado na cama. Das Damas lindas como ela. Conta-se que uma princesa bela Numa noite de luar No mar foi banhar. Foi-se livrar dos seus pecados. Dos seus feitiços e encantos Repletos de perigos e outros tantos. Deixando na a...
Sobre tudo sobre nada. Um nada que faz parte de tudo.