11.13.2005

Negridão


Fotografia de Marisa Caichiolo - Dendrobates histrionicus



Despejos da beatitude*
Complexa e com atitude.
Em tons de poesia descontrolada
Composta de fonética e palavras
Cheia de tudo, cheia de nada.

- O meu nome é Poesia. Diz.
Sou tua, e tua alma é minha.
Imagens estáticas, vaporosas;
Que convidam para a dança
Sejam em versos, sejam em prosas.
Entre frases e sentimentos

Ela move entre os abismos
Dama segura e atraente.
Sobe e desce pelos sonhos,
impelindo escritos dementes
Sustenta entre a loucura e a sanidade,
a poesia provocadora que alimenta.
Uma chama que ilumina a negritude.
Um vento que refresca e condimenta.
O vinho que acompanha carne

Palavras banidas,
Palavras traidas,
É poesia...

Sem entender o universo,
Esforçamo-nos inutilmente
Para a fazer bela
Transparente, atrevida,
indignada e coerente,
querendo dominá-la.

Nesta voz do vento,
Quero o fogo de sabedoria
Em uivos de lamento
Era tudo isso que eu queria.

Tenho medo de viver como se tivesse perdido.
Morrer sem nunca ter a entendido.


* bem-aventurança;

© Mestrinho 2006

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11.05.2005

Disparidade homónima


Ted Nasmith

Sufocado no meu ser,
enquadrado no gênio
e desviado da mente,
Vingança em silêncio
do amor indencente.

Com um anel de diamante,
muito brilhante.
Que cairá
E que denunciará
O ser angustiante,
Quando tu de mim, aproximar.
Este é o meu juizo,
o meu ódio e o teu riso.

Venceste.
Não posso mais.
Muito mais te tirei,
do que entregaste.
Inútil luta.
Tombei.
Ganhaste.
Esta parte.

Lutaste como ninguém.
Segue livre nos teus passos.
Se um dia a tristeza chegar,
não me culpes pela dor,
com sabor de ressentimento sábio.
Sabor diferente do teu lábio.
Segundo o meu aprendizado,
nada poderia ser questionado.

Venci, venci não na razão....
Apenas na paixão...


© Mestrinho
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11.03.2005

Louca hipérbole



Com desejo e carinho, entrego
sonhos e hipérboles
que abrirão os olhos uma vez mais
Ao admirável incidente,
sentido no corpo, na alma e na mente
em desenfreada jornada.
Beleza estética em brilhos poéticos.
Vertente expressa sentimento de expandir o sacrifício.
Pensa N’ele, como
doce, fresco e feroz.
A sinfonia dessa paixão que
arde, e invade o prazer
de paradigmas.

Dominado por uma mente perversa,
Dou,
Dou a loucura e insensatez,
tão pura como a real nudez.
Dou
Dou vaidade,
Dou sonhos do passado,
dentro da validade.


© Mestrinho
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