Louca hipérbole

Com desejo e carinho, entrego
sonhos e hipérboles
que abrirão os olhos uma vez mais
Ao admirável incidente,
sentido no corpo, na alma e na mente
em desenfreada jornada.
Beleza estética em brilhos poéticos.
Vertente expressa sentimento de expandir o sacrifício.
Pensa N’ele, como
doce, fresco e feroz.
A sinfonia dessa paixão que
arde, e invade o prazer
de paradigmas.

Dominado por uma mente perversa,
Dou,
Dou a loucura e insensatez,
tão pura como a real nudez.
Dou
Dou vaidade,
Dou sonhos do passado,
dentro da validade.

-x-

"Louca Hipérbole" é um poema de Mestrinho que se destaca pela sua exploração intensa e provocativa dos sentimentos e experiências humanas, em especial no que diz respeito ao amor e à paixão. Desde o início, o poema captura a atenção do leitor com uma linguagem rica e metáforas audaciosas, refletindo uma profundidade emocional que ressoa com a complexidade das relações humanas.

A "hipérbole" no título sugere um exagero, uma intensificação dos sentimentos que são frequentemente associados ao amor e ao desejo. Ao longo do poema, Mestrinho utiliza essa figura de linguagem para expressar a força avassaladora da paixão, onde emoções são descritas de maneira quase desmedida. Isso torna a experiência do amor algo quase surreal, uma montanha-russa de altos e baixos que pode ser encantadora e aterrorizante ao mesmo tempo.

O poeta lança mão de imagens vívidas e sensoriais, gerando uma atmosfera que provoca tanto prazer quanto dor. Através de uma linguagem evocativa, ele fala sobre a entrega total ao amor, onde o eu lírico se deixa levar por emoções que transbordam. A luta interna entre o desejo e a razão é uma temática prevalente, refletindo a dualidade que muitos experimentam ao se render à força dos sentimentos. A intensidade das emoções é transmitida de maneira visceral, fazendo o leitor sentir cada pulso do amor descrito.

Ao longo do poema, há um diálogo entre o eu e o outro, onde se revela a busca por compreensão e conexão. Mestrinho aborda os desafios que as relações amorosas podem trazer, como ciúmes, inseguranças e anseios. A "louca hipérbole" pode ser interpretada como uma crítica ou uma celebração da forma como o amor pode levar as pessoas a agir de maneira irracional, mergulhando em um turbilhão de emoções que, embora caóticas, são também magníficas na sua essência.

O desfecho do poema não traz uma resolução clara, mas sim uma continuidade desse ciclo emocional. Essa ambiguidade convida o leitor a refletir sobre suas próprias experiências amorosas, reconhecendo que a intensidade do amor, com seus altos e baixos, é uma parte intrínseca da condição humana. A "Louca Hipérbole" se torna, assim, um retrato universal do amor, com todas as suas nuances, paixão e complexidade.

Em suma, "Louca Hipérbole" é um poema que mergulha profundamente nas emoções humanas, explorando a experiência do amor em suas formas mais extremas. Com uma linguagem rica e imagens evocativas, Mestrinho consegue capturar a essência da paixão, revelando tanto a beleza quanto o tumulto que ela traz. É uma ode à intensidade do amor, com todos os seus desafios e suas delícias, que nos convida a abraçar nossas próprias "loucas hipérboles" emocionais.

© Mestrinho