Avançar para o conteúdo principal

Regresso as origens



Ah, minha menina,
Que vieste assim, tão de repente,
Que dominaste por completo.
As mais belas coisas me ensinaste,
De saudades estou repleto
Me provocas,
Abres as janelas...
E do desgastado passeio cheio de limo,
Colho pedaços imperdíveis da infância
Onde vimos as sombras dos grandes pinheiros...
O cheiro forte das abelhas sorvendo o néctar
Como o néctar de Vénus precipitando o mel
Sentimento amplificado
De passado sagrado...?

Ah, minha menina,
Velhos dissabores evaporam.
Anseios desvanecem
Foi como ontem as aventuras,
Perfumadas de travessuras.
Foi como ontem alma gentil,
guardei esta paixão que não dormiu

Ah, minha menina,
Hoje será o abraço forte, a emoção
Poderá ser uma contradição,
Ver-te assim menina madura
Em corpo de Mulher segura.
Dilacerando a saudade
Num beijo sem piedade.

Sonolento,
cantava esta canção
e ouvia.
O doce relógio da vida
E que logo marcaria mais uma volta.
Sem retorno


O poema "Regresso às origens" é uma obra que evoca sentimentos nostálgicos e reflexões sobre o passado. Através de uma linguagem poética, o autor expressa uma conexão íntima com memórias de infância e experiências passadas que moldaram sua visão do mundo.

O "eu" lírico descreve a presença de uma figura feminina, referida como "minha menina", que traz à tona lembranças de um tempo mais simples e inocente. Há um forte contraste entre o presente e o passado, com a menção de "saudades" e "desgastes" que se misturam às imagens vívidas da infância, como "as sombras dos grandes pinheiros" e "o cheiro forte das abelhas".

O poema também toca em temas da saudade e a passagem do tempo. O uso de imagens sensoriais e a musicalidade nas palavras criam uma atmosfera lírica que convida o leitor a refletir sobre suas próprias origens e memórias.

Em resumo, "Regresso às origens" é um poema que celebra a importância das memórias e dos laços afetivos, evocando uma sensação de nostalgia e amor que transcende o tempo.

© Mestrinho

Comentários

Mamã artesã disse…
Olá,
venho retribuir e agradecer a tua visita ao meu cantinho.
Obrigada pelo poema. É de tua autoria?
Gostei muito do teu blog: revela uma sensibilidade que poucos homens têm. Pensei que já não haviam homens poetas e sensíveis neste mundo de guerras e ódios.
Parabéns prlo blog e por seres como és. A tua namorada é uma sortuda por ter alguém assim.
Joquinhas
Sofia
Light disse…
ola
desde ja agradeço a visita ao meu blog e os versos sao lindos,parabens.
Gostei do teu blog,pois gosto muito do "quase erotismo",fascina-me ,por isso tambem como tu frequento "corpos e Almas.
Beijos e apareçe sempre
Amigas 4 Ever disse…
OIOI!!
Antes de mais quero te agradecer a força que tens dado no meu blog! Obrigadão!!
O teu blog esta show! Parabens!!
Bjokas
Anónimo disse…
Ja ca tinha vindo e lido este texto, mas continuo sem saber o que escrever sobre ele... tv pq tenhas dito já tudo e nd sobrou para eu acrescentar... jks
Anónimo disse…
Mais uma vez...palavras escritas com mestria. Gostei de te rever :) Beijinhos
Anónimo disse…
Ah meu menino!... como eu gostei deste teu "Regresso às Origens"! Continua a brindar-nos com estes posts lindíssimos., com estas palavras escritas com tanta "mestria" , amigo Mestrinho. Um beijo para ti. Fica bem! *****
Anónimo disse…
Mestre, é sempre tão doce voltar às origens, voltar a encontrar em nós os meninos que somos! Muito doce este poema. Beijo
Anónimo disse…
Adorei!
Por hora só mando um “piqueno beijo”
BShell
Anónimo disse…
Palvras tão doces que nos fazem sonhar. Palavras cheias de sabedoria... Muitos beijinhos e continua a dar-nos poemas destes... Bjks.
Anónimo disse…
Uauuuuuuuuu.. rendeu-se ao mundo dos desejos... Lindo esse seu cantinho, adorei. Dancei muito sim aisnda estou cansada mas volto hoje ( sexta- feira) para a avenida a noite.
Tenha um lindo final de semana.
Beijos uivantessss
GATA LOBA
Anónimo disse…
Não conhecia teu blog mas não me arrependo de ter entrado, bonitas palavras que nos fazem sonhar neste fim de tarde cinzento e fria....
um abraço
pensadora
Anónimo disse…
Olá amigo Mestrinho, que linda viagem à infância e as coisas que já sentimos todos. Lindas palavras, para mim foi mesmo um regresso as origens. Um Beijo
Anónimo disse…
WakewinhaBelíssimo! Convidativo... ;) Beijito de bom fim-de-semana*
Anónimo disse…
O amor plana, até pela net..
André L disse…
ok ok.. Eu o que disse foi por causa da resposta que eles me deram... Eu enviei uns mail e foi o que afirmaram.. afinal não fazia sentido, ainda por cima por uma versão beta.
Anónimo disse…
Ola Mestrinho...eu ñ disse k os blogs actuais vao desaparecer, mas sim ficar desactivados...Agora, eu limitei-me a passar a mensagem do Asas do Olhar, k, pelos vistos, contactou por mail o Sapo k lhe deu outra resposta completa/te diferente da publicidd k fazem ao Beta.Mas se é cm dizes, fico mais descansada, já k tenho tnt amor aos meus blogs!Mas vai a http://asasdoolhar.blogs.sapo.pt e le!!
Caracoleta disse…
Olá!
Obrigada pela visita ao meu blog e pelas belas palavras que me deixaste!
Gostei muito do teu blog. Que sensibilidade! Parabéns!
Beijo,
Susana
Mary disse…
Olá Mestre vim conhecer seu blog e fiquei encantada com ele
parabens pelo seu bom gosto
beijinhos e tenha um ótimo fim de semana
Anónimo disse…
Tens aqui um bom blog, com bonitos textos. Bjinhs

Baú das recordações

Será estar apaixonado por aquilo que se vive a melhor garantia de juventude?

Uma curiosidade nasceu deste encontro. Mas nunca teria eu pensado no que viria a seguir. Os meus pensamentos que tinham partido para as praias onde se transformavam no elemento vento. Sonhava com o espaço do mar, com a força das velas, com a proa que assalta as vagas como uma faca que aponta em frente. A noite desceu enquanto o mar subia e se escavava. Um som de ondas quebradas contra as rochas, a oscilação e vaivém nas ondas. No clarão imperceptível que a lua derrama pela escotilha, eu distinguia o teu corpo que era como que um mar por cima de ti. Segui em tua direcção e perguntei: - Viste o meu recado? Sorriste e fizestes que sim com a cabeça. Retribui o sorriso e não soube o que fazer. Sabia que uma mulher é uma flor frágil, que talvez só possa ser colhida de madrugada, nos dias de muito orvalho quando a lua veio acariciar a pele clara, poli-la durante durante a noite de dar uma beleza de marfim ou de pérola. Abriste a mensagem para ti destinada, dobrada em quatro, volta...

Distorção cognitiva

19 anos depois de escrever este poema (escrito em 2006), foi transformado em música (2025). Espero que gostem tanto como eu gostei Da elaborada síntese, Eis que surge, O manifesto, o esboço, de forma muito inesperada, como que perdida pela estrada. Riscada de uma grafite, brilhante e deslumbrante. Onde surge o infinito da matéria compactada Onde nasce o Big Bang, somente em quantidades definidas. Apenas em números inteiros, Proporcional ao liquido Do meu tinteiro. Não, não é apenas uma vontade condimentada nem uma ideia inventada. Nem uma gramática semântica, ou uma equação quântica. É apenas um sentimento que, aflora pela pele, Um sentido puro, Quando... No inicio de tudo... Ela aparece, Ela que surge de rompante e serpenteia pela mente, este sentimento demente. Que causa o movimento impulsivo, E o pensamento conclusivo. Do gesto às palavras, perdura o incitável, O verso doce, A palavra que embala, O gesto que não acaba. Entendes agora porque é insustentável o sentimento de to...

O verso do verbo

Três circunstâncias têm o verso do verbo. Tem conceito, harmonia e sentido… Tem conceito: consequentemente, para dizer que é rítmico e o acento sabe à música na alma… Tem harmonia: consequentemente, palavras que dão forma às melodias, graves ou agudas… Melodias na alma que enche o ego, a quem lê e a quem escreve. Tem sentido: pela razão, palavras que expressam sentimentos, narram histórias, com a fantasia do verbo, que vai da prosa ao reverso… Genuíno e com sentimento, o verbo chega profundo na alma, com magnitude estrondosa, do verso até a prosa. O verbo que voa livre... … Porque livre é o verso e livre será a alma! Livre é o verbo de escritos novos, com dizeres sábios dos povos. Onde, revivem mil histórias, histórias de vidas e de glórias… Histórias do amor, com alegria e dor. Que detalha com calma A música que vai na alma… As história que narraram sobre a chave do sol, com palavras de afeição, esse sussurro nas frases ecoando épocas doces, outras melodias, pois, livre será sempre o ...

Uma historia de amor...

Por Adam Martinakis Explore Photo Realistic Surrealism Em verso livre, harmonia e sentido… consequentemente, soltam-se rimas, ou talvez não, para dizer em ritmo, da música à alma. Consequentemente, das palavras que dão forma, que do nada se transformam em tudo, palavras que narram a história, à feição dela, com sonoridades sábias. Mas a jovem, nesse momento transgride, os seus ideais, mil vezes sonhados. quando chega, profunda na alma, tal como ela suspira, “É liberdade, possuir, por momentos fortes, com sensualidade de seda, como uma Histórias de amor, uma história cheia de melodias.” São estas palavras de afeição, esse sussurro nas frases, que nos dá um “ar” de perfeição. Não esquecendo, os sentimentos vergonhosos(bons, não?), consequentemente, da causa ao efeito, onde... nem tudo é pensado, sentido, escrito, descrito, captado, respondido. Gosto quando ela, aparece e transparece a beleza, aparência, charme e encanto, com riqueza nas ideias, com mestria nos gestos, com os seu...

Armada de sedução

Foto - Jaeda De Walt No limiar de tudo o que era esperado, em forma astuta foi revelado que ela tem código, ela tem técnica. Posso despejar toneladas de tinta, sem conseguir escrever uma frase completa, lembrar que és como a Água , fonte de subtil desejo. Adora "devorar" por completo e fazer da Terra o Fugaz desejo, Mulher armada de sedução, cheia de Ar , alma e ambição que no beijo se completa, o fogo ardente que consome, que finge ser apanhada e no fim lança o derradeiro ataque. Verdadeiramente. És armada de sedução. Post recolocado para homenagear o Dia da Mulher... (Falta de tempo!) O poema "Armada de Sedução" é uma obra que explora a sensualidade e a complexidade do desejo feminino. Nele, a mulher é retratada como uma figura poderosa e astuta, armada com a sua própria sedução, que é comparada a um código e uma técnica. Através de metáforas e uma linguagem poética rica, o autor expressa a ideia de que a sedução é uma forma de arte que envolve a entrega e a pa...

Rasgos de (In)sanidade

Nicola Ranaldi Das novas vias para velhos caminhos, Como um mergulho no mar da escuridão. Faz do dia o que faria com o meu, com carinho. Abre novos olhos, olhos de aurora, Cristalinos e vivos, Sempre como foram outrora Não chores! Sobrará sempre tempo para ouvir o lento lamento. Porque a vida será uma vítima E a ambição será a inveja! Agora... Faz do dia uma união com a noite, um pacto, Quente, morno e eterno. Sonha... E vem ao meu castelo encantado, Veste-te de medieval, Transparente, transeunte, indignada, coerente e letal. Come lascivamente, Sem tabu, come docilmente. Vem... Estende tua mão. Dá-me o teu desejo. Vem, exorcizar. Dá-me a boca E a rosa louca. Um beijo E um raio de sol. Nos teus cabelos, Como um brilhante. Explode em sete cores Revelando então os sete mil amores Que eu guardei somente pra te dar O poema "Rasgos de (In)sanidade" é uma obra que expressa emoções intensas e complexas. Através de uma linguagem rica em metáforas e imagens poéticas, o poema evoca sent...

Policromo

andrel · Policromo O teu olhar denuncia, o desejo alongado dos poros que vertem magia, fico pensativo e corado. Numa promessa silenciosa, de ilimitadas caricias, desfaço e descubro, atreves, atiças, e a pele eriça. Nossas bocas incendeiam, e em fogo, condimenta, pouco a pouco, colhendo, o néctar que alimenta. Sinto o teu cheiro, boca desejosa, lingua dormente, Lábios que sentem, mordendo, Numa fúria tão envolvente, como a paixão ardente, Cai, descansei no teu ventre. Minhas asas batem em vôo livre quando desço os desfiladeiro do devaneio. Quero que fiques na minha imaginação em castelos de principes, castelos de areia castelo no coração. Nos meus pensamentos mais secretos, fantasias d´outros tempos num mundo encantado, com mágicos, fadas e duendes num cenário imaginado, eu sei bem que me entendes. Vôo livre solto como o vento, toco, sinto e invento. crio uma moldura quente ou fria um sonho repleto de prazer colhido pela fantasia, faço o que bem entender sou [Quase]poeta e ...

Uma mente burlesca

William Bouguereau Invading Cupid´s Realm 1892 Posterior ao encontro mundano e a tua franqueza explícita tivemos uma visão intrínseca do mundo e do ser pioneiro. O corpo, um desígnio da decrépita percepção verbal[*], estranhíssimo à alma gigantesca; uma mente burlesca; resultante do sentimento intemporal. Uma malícia que se esconde na memória; Um sorriso instigante nos lábios da vida; Um reflexo da existência nunca esquecida; O sentido melancólico de glória. Gerúndio do tempo; Da espiral espaço-temporal, Cronologia sem igual Assaltando-nos em tormento. Vai-se a vida, Da nossa alma, querida. É uma vida, vivida e sofrida, do presente ao passado, recordado de bom grado, como um mistério revelado. Senti esse sabor, perdido no tempo. Com um gesto secular (como a sensação de viver um momento durante séculos), vislumbro a noite que há-de vir. Premeditando ou profetizando, sou o que sou e gritarei versos poeticos para suavizar a carícia. Indignados, vivemos neste Fado (sorte, agouro; aquilo qu...