Avançar para o conteúdo principal

Tributo a Ísis


Foto - Autor desconhecido

Calor que invade o corpo,
tão suave e doce como um poema
ou como poesia de amor,
revitaliza no leitor,
Um dilema:
Mais húmido que maresia,
sentimento de poeta, poema ou poesia?
Enigma envolvente pela magia.

Tudo indica o sentido do poema,
desta vida cheia de versos,
com muitos "picos" e retrocessos,
persistente à especulação,
inquietante.
Talvez fosse o sentimento do poeta
Que no meigo olhar desperta,
Convertendo lágrimas em diamante.

Palavras rabiscadas p´lo criador de escritos,
tecendo um fio fino de luz,
não tão belo como o poema/dilema,
Na mais perfeita harmonia, juntamos;
o condimento,
Solto em forma poema/talento
Vejo um poema nascer
E este sentimento crescer

Ou então que fosse ela
A desejada *Ísis,
Que fala em suaves versos
Deixa tudo em harmonia
O Poeta, poema e poesia
O desejo se torna ardente,
E deixar-se envolver pela magia,
Pelos delírios que arrepiam a pele.

O corpo estremece...
E, as mãos... escrevem.
Para dissipar este dilema.


*Ísis personifica o infinito erotismo do desejo por um amante ausente. A sua união sexual com Osíris simbolizou o bem-estar do mundo, a sua perda a destruição e um período de seca e de trevas”

-x-

"Tributo a Ísis" é um poema envolvente que homenageia a figura mitológica de Ísis, a deusa egípcia do amor, da magia e da maternidade. Ao longo da obra, Mestrinho utiliza uma linguagem poética rica e evocativa para explorar os temas da feminilidade, do poder e da espiritualidade que cercam essa deusa. Ísis é retratada não apenas como uma deusa, mas como um símbolo da força e da sabedoria feminina, capaz de influenciar e moldar a vida ao seu redor.

O poema é preenchido com imagens vívidas que capturam a essência de Ísis e suas qualidades divinas. Mestrinho enfatiza a conexão de Ísis com a natureza e os ciclos da vida, evocando a ideia de que ela é uma guardiã da fertilidade e da renovação. Através de metáforas, ele destaca a beleza e a complexidade do feminino, celebrando as qualidades de proteção e compaixão que Ísis representa. A deusa é descrita como uma figura que transcende o tempo e o espaço, conectando-se com as tradições ancestrais e as espiritualidades que a cercam.

Em "Tributo a Ísis", Mestrinho também aborda a capacidade de transformação que a deusa possui. Ela não é apenas uma entidade de amor e maternidade, mas também uma figura que representa a luta e a resistência. O autor reflete sobre como Ísis, em sua busca por trazer harmonia e equilíbrio, enfrenta desafios e adversidades, mostrando que a força feminina é indomável e resiliente. Isso ressoa com a experiência humana, onde o amor e a dor muitas vezes andam juntos, criando um espaço para o crescimento e a autodescoberta.

A musicalidade do poema, com seu ritmo fluido e sonoridade envolvente, convida o leitor a mergulhar mais profundamente na experiência emocional que ele evoca. Mestrinho utiliza uma linguagem acessível, mas cheia de nuances, garantindo que cada verso não seja apenas uma descrição, mas uma experiência sensorial. Através de frases que dançam entre a simplicidade e a profundidade, o autor torna o tributo a Ísis uma jornada por emoções e reflexões que tocam o coração.

No final, "Tributo a Ísis" não é apenas uma homenagem à deusa, mas também uma celebração do feminino em todas as suas formas e expressões. O poema serve como um lembrete do poder que cada mulher possui, bem como da importância de honrar as raízes e as tradições que nos moldam. Mestrinho consegue, assim, tecer uma narrativa que transcende o tempo, ligando o presente ao passado, em uma celebração da vida, do amor e da força que reside em cada um de nós.
© Mestrinho

Comentários

Anónimo disse…
Obrigada pelo comentario deixado no Faces do Amor, e parabens por este poema tao inspirador...gostei mt...Beijinhos e continuação de bom fds
Anónimo disse…
Bem...isto ficou espectacular mesmo ;).
agora já posso comentar :).
Tenho uma paixão pelo Egipto e como tal adorei o teu post...
Parabéns pelo template....como já te tinha dito ficou divinal!!
Jinhux!!
Anónimo disse…
Oláa.. bem olha só posso dizer que está simplesmente divinal!! como é que depois deste tempo todo ainda não me habituei à tua escrita e cada vez que a leio ainda fico arrepiada =) adorei o forte sentimento de amor e paixão intensa do poema, e como sempre, o toque mágico das tuas mãos cada vez que se deixam levar pelas palavras... espero que um dia o teu valor seja realmente reconhecido por toda a gente, um beijo grande ta tua fã mais pita =P
Anónimo disse…
Ja pensaste escrever um livro?eu era a 1ª a comprar sem duvida! :) ta lindo.beijo grande e bom fim de semana.
Anónimo disse…
Olá! Estou cá pela primeira vez, e gostei das tuas palavras rabiscadas. O teu blog é magico, e para dissipar qualquer dilema, eu cá voltarei. Um abraço Eça e bom fim de semana.
Anónimo disse…
Tou a ver que também gostas de mitologia, rsssssssssss ;)

O poema tá "fantabulástico"!

(Expressões à La MeiaLua) :P

Beijokas*
Anónimo disse…
Gostei muito, aliás o meu texto anterior poderia ter-se chamado tributo a Vénus, mas gosto mais de a chamar Ishtar. Mas como acabou por sair mais complexo que isso , dei-lhe outro titulo como sabes. A inspiração é algo que nos toma, e uma perda quando a deixamos fugir. Gosto sempre de cá vir.beijo
Anónimo disse…
Lindooooo! Adorei! Parabéns mais uma vez pelo enorme talento que tem... esse é um dom que nasce e morre com a pessoa. Beijinhos e um feliz fim-de-semana.
Anónimo disse…
Olá eca, gostei muitissimo deste poema, há partes em que falas "As mãos escrevem para dissipar este dilema" ... Uau, sei que essa frase é adaptada :) , mas é linda .
Beijos
Anónimo disse…
Infelizmente não consigo abrir os comentários. Contudo não queria ir embora sem deixar o meu apreço pelos belos poemas que encontrei aqui e agradecer a visita. Um abraço
Anónimo disse…
Gostei que tivesses reaparecido, ainda bem! junta te no barco, ha lugar para mais um. um beijo
Anónimo disse…
Oi. É a primeira que te visito, gostei muito dos teus poemas, vou tornar um visitante assiduo. Abraço e bom fim de semana
Anónimo disse…
oi o teu blog ta bem louco va xau fica bem ^__^
Anónimo disse…
parabens pelo blog esta muito fixe! aparece mais no damage_inc, um abraço!
Anónimo disse…
Lindo ao nível de conteúdo e forma. Parabêns e continue a escrever com tanta elegância...Abraços
Cassandrex
Anónimo disse…
Aprovadissimo! Tanto o novo aspecto como o conteudo. Um abraço e força!
Anónimo disse…
Comecei por ler o teu poema anterior Adultério a Nefertiti, e este, justifica-o! Que todas as mulheres soubessem ainda prestar homenagem a Isis. Beijo
Anónimo disse…
Não é à toa que Nefertiti é nome de uma casa de swing aqui em São Paulo! E, atendendo aos seus pedidos, tem conto novo lá no meu blog! Abraços...
Anónimo disse…
Não há problema de tirares imagens do meu blog, pois eu também o faço de outros sítios. As imagens ( a maioria ) não têm donos.

Baú das recordações

Será estar apaixonado por aquilo que se vive a melhor garantia de juventude?

Uma curiosidade nasceu deste encontro. Mas nunca teria eu pensado no que viria a seguir. Os meus pensamentos que tinham partido para as praias onde se transformavam no elemento vento. Sonhava com o espaço do mar, com a força das velas, com a proa que assalta as vagas como uma faca que aponta em frente. A noite desceu enquanto o mar subia e se escavava. Um som de ondas quebradas contra as rochas, a oscilação e vaivém nas ondas. No clarão imperceptível que a lua derrama pela escotilha, eu distinguia o teu corpo que era como que um mar por cima de ti. Segui em tua direcção e perguntei: - Viste o meu recado? Sorriste e fizestes que sim com a cabeça. Retribui o sorriso e não soube o que fazer. Sabia que uma mulher é uma flor frágil, que talvez só possa ser colhida de madrugada, nos dias de muito orvalho quando a lua veio acariciar a pele clara, poli-la durante durante a noite de dar uma beleza de marfim ou de pérola. Abriste a mensagem para ti destinada, dobrada em quatro, volta...

Distorção cognitiva

19 anos depois de escrever este poema (escrito em 2006), foi transformado em música (2025). Espero que gostem tanto como eu gostei Da elaborada síntese, Eis que surge, O manifesto, o esboço, de forma muito inesperada, como que perdida pela estrada. Riscada de uma grafite, brilhante e deslumbrante. Onde surge o infinito da matéria compactada Onde nasce o Big Bang, somente em quantidades definidas. Apenas em números inteiros, Proporcional ao liquido Do meu tinteiro. Não, não é apenas uma vontade condimentada nem uma ideia inventada. Nem uma gramática semântica, ou uma equação quântica. É apenas um sentimento que, aflora pela pele, Um sentido puro, Quando... No inicio de tudo... Ela aparece, Ela que surge de rompante e serpenteia pela mente, este sentimento demente. Que causa o movimento impulsivo, E o pensamento conclusivo. Do gesto às palavras, perdura o incitável, O verso doce, A palavra que embala, O gesto que não acaba. Entendes agora porque é insustentável o sentimento de to...

O verso do verbo

Três circunstâncias têm o verso do verbo. Tem conceito, harmonia e sentido… Tem conceito: consequentemente, para dizer que é rítmico e o acento sabe à música na alma… Tem harmonia: consequentemente, palavras que dão forma às melodias, graves ou agudas… Melodias na alma que enche o ego, a quem lê e a quem escreve. Tem sentido: pela razão, palavras que expressam sentimentos, narram histórias, com a fantasia do verbo, que vai da prosa ao reverso… Genuíno e com sentimento, o verbo chega profundo na alma, com magnitude estrondosa, do verso até a prosa. O verbo que voa livre... … Porque livre é o verso e livre será a alma! Livre é o verbo de escritos novos, com dizeres sábios dos povos. Onde, revivem mil histórias, histórias de vidas e de glórias… Histórias do amor, com alegria e dor. Que detalha com calma A música que vai na alma… As história que narraram sobre a chave do sol, com palavras de afeição, esse sussurro nas frases ecoando épocas doces, outras melodias, pois, livre será sempre o ...

Uma historia de amor...

Por Adam Martinakis Explore Photo Realistic Surrealism Em verso livre, harmonia e sentido… consequentemente, soltam-se rimas, ou talvez não, para dizer em ritmo, da música à alma. Consequentemente, das palavras que dão forma, que do nada se transformam em tudo, palavras que narram a história, à feição dela, com sonoridades sábias. Mas a jovem, nesse momento transgride, os seus ideais, mil vezes sonhados. quando chega, profunda na alma, tal como ela suspira, “É liberdade, possuir, por momentos fortes, com sensualidade de seda, como uma Histórias de amor, uma história cheia de melodias.” São estas palavras de afeição, esse sussurro nas frases, que nos dá um “ar” de perfeição. Não esquecendo, os sentimentos vergonhosos(bons, não?), consequentemente, da causa ao efeito, onde... nem tudo é pensado, sentido, escrito, descrito, captado, respondido. Gosto quando ela, aparece e transparece a beleza, aparência, charme e encanto, com riqueza nas ideias, com mestria nos gestos, com os seu...

Regresso as origens

Ah, minha menina, Que vieste assim, tão de repente, Que dominaste por completo. As mais belas coisas me ensinaste, De saudades estou repleto Me provocas, Abres as janelas... E do desgastado passeio cheio de limo, Colho pedaços imperdíveis da infância Onde vimos as sombras dos grandes pinheiros... O cheiro forte das abelhas sorvendo o néctar Como o néctar de Vénus precipitando o mel Sentimento amplificado De passado sagrado...? Ah, minha menina, Velhos dissabores evaporam. Anseios desvanecem Foi como ontem as aventuras, Perfumadas de travessuras. Foi como ontem alma gentil, guardei esta paixão que não dormiu Ah, minha menina, Hoje será o abraço forte, a emoção Poderá ser uma contradição, Ver-te assim menina madura Em corpo de Mulher segura. Dilacerando a saudade Num beijo sem piedade. Sonolento, cantava esta canção e ouvia. O doce relógio da vida E que logo marcaria mais uma volta. Sem retorno O poema "Regresso às origens" é uma obra que evoca sentimentos nostálgicos e reflexõ...

Armada de sedução

Foto - Jaeda De Walt No limiar de tudo o que era esperado, em forma astuta foi revelado que ela tem código, ela tem técnica. Posso despejar toneladas de tinta, sem conseguir escrever uma frase completa, lembrar que és como a Água , fonte de subtil desejo. Adora "devorar" por completo e fazer da Terra o Fugaz desejo, Mulher armada de sedução, cheia de Ar , alma e ambição que no beijo se completa, o fogo ardente que consome, que finge ser apanhada e no fim lança o derradeiro ataque. Verdadeiramente. És armada de sedução. Post recolocado para homenagear o Dia da Mulher... (Falta de tempo!) O poema "Armada de Sedução" é uma obra que explora a sensualidade e a complexidade do desejo feminino. Nele, a mulher é retratada como uma figura poderosa e astuta, armada com a sua própria sedução, que é comparada a um código e uma técnica. Através de metáforas e uma linguagem poética rica, o autor expressa a ideia de que a sedução é uma forma de arte que envolve a entrega e a pa...

Rasgos de (In)sanidade

Nicola Ranaldi Das novas vias para velhos caminhos, Como um mergulho no mar da escuridão. Faz do dia o que faria com o meu, com carinho. Abre novos olhos, olhos de aurora, Cristalinos e vivos, Sempre como foram outrora Não chores! Sobrará sempre tempo para ouvir o lento lamento. Porque a vida será uma vítima E a ambição será a inveja! Agora... Faz do dia uma união com a noite, um pacto, Quente, morno e eterno. Sonha... E vem ao meu castelo encantado, Veste-te de medieval, Transparente, transeunte, indignada, coerente e letal. Come lascivamente, Sem tabu, come docilmente. Vem... Estende tua mão. Dá-me o teu desejo. Vem, exorcizar. Dá-me a boca E a rosa louca. Um beijo E um raio de sol. Nos teus cabelos, Como um brilhante. Explode em sete cores Revelando então os sete mil amores Que eu guardei somente pra te dar O poema "Rasgos de (In)sanidade" é uma obra que expressa emoções intensas e complexas. Através de uma linguagem rica em metáforas e imagens poéticas, o poema evoca sent...

Policromo

andrel · Policromo O teu olhar denuncia, o desejo alongado dos poros que vertem magia, fico pensativo e corado. Numa promessa silenciosa, de ilimitadas caricias, desfaço e descubro, atreves, atiças, e a pele eriça. Nossas bocas incendeiam, e em fogo, condimenta, pouco a pouco, colhendo, o néctar que alimenta. Sinto o teu cheiro, boca desejosa, lingua dormente, Lábios que sentem, mordendo, Numa fúria tão envolvente, como a paixão ardente, Cai, descansei no teu ventre. Minhas asas batem em vôo livre quando desço os desfiladeiro do devaneio. Quero que fiques na minha imaginação em castelos de principes, castelos de areia castelo no coração. Nos meus pensamentos mais secretos, fantasias d´outros tempos num mundo encantado, com mágicos, fadas e duendes num cenário imaginado, eu sei bem que me entendes. Vôo livre solto como o vento, toco, sinto e invento. crio uma moldura quente ou fria um sonho repleto de prazer colhido pela fantasia, faço o que bem entender sou [Quase]poeta e ...

Uma mente burlesca

William Bouguereau Invading Cupid´s Realm 1892 Posterior ao encontro mundano e a tua franqueza explícita tivemos uma visão intrínseca do mundo e do ser pioneiro. O corpo, um desígnio da decrépita percepção verbal[*], estranhíssimo à alma gigantesca; uma mente burlesca; resultante do sentimento intemporal. Uma malícia que se esconde na memória; Um sorriso instigante nos lábios da vida; Um reflexo da existência nunca esquecida; O sentido melancólico de glória. Gerúndio do tempo; Da espiral espaço-temporal, Cronologia sem igual Assaltando-nos em tormento. Vai-se a vida, Da nossa alma, querida. É uma vida, vivida e sofrida, do presente ao passado, recordado de bom grado, como um mistério revelado. Senti esse sabor, perdido no tempo. Com um gesto secular (como a sensação de viver um momento durante séculos), vislumbro a noite que há-de vir. Premeditando ou profetizando, sou o que sou e gritarei versos poeticos para suavizar a carícia. Indignados, vivemos neste Fado (sorte, agouro; aquilo qu...