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Rasgos de (In)sanidade


Nicola Ranaldi


Das novas vias para velhos caminhos,
Como um mergulho no mar da escuridão.
Faz do dia o que faria com o meu, com carinho.
Abre novos olhos, olhos de aurora,
Cristalinos e vivos,
Sempre como foram outrora

Não chores!
Sobrará sempre tempo para ouvir o lento lamento.
Porque a vida será uma vítima
E a ambição será a inveja!
Agora...
Faz do dia uma união com a noite, um pacto,
Quente, morno e eterno.

Sonha...
E vem ao meu castelo encantado,
Veste-te de medieval,
Transparente, transeunte, indignada, coerente
e letal.
Come lascivamente,
Sem tabu, come docilmente.

Vem...
Estende tua mão.
Dá-me o teu desejo.
Vem, exorcizar.
Dá-me a boca
E a rosa louca.
Um beijo
E um raio de sol.
Nos teus cabelos,
Como um brilhante.
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar


O poema "Rasgos de (In)sanidade" é uma obra que expressa emoções intensas e complexas. Através de uma linguagem rica em metáforas e imagens poéticas, o poema evoca sentimentos de amor, desejo e uma certa melancolia.

O texto aborda a dualidade entre a sanidade e a insânia, refletindo sobre a paixão e o desejo que podem levar a experiências intensas, quase irracionais. O eu lírico convida a outra pessoa a viver plenamente as emoções, a se deixar levar por um amor que é descrito como ardente e transformador.

Elementos como o "sopro afável" e as "noites de amor" sugerem uma intimidade profunda e uma conexão emocional intensa. A linguagem sensual e envolvente é característica do estilo do autor, que busca capturar a essência do erotismo e da sedução, ao mesmo tempo em que explora a vulnerabilidade e as complexidades das relações humanas.

Em suma, "Rasgos de (In)sanidade" é um poema que celebra a intensidade das emoções e o poder do amor, ao passo que reflete sobre as nuances da experiência humana em relação ao desejo e à sanidade.

© Mestrinho

Comentários

Anónimo disse…
Olá Mestrinho! Vejo que finalmente decidiste por este template. Está lindo o teu novo cantinho. E lindos continuam a ser os teus poemas, que me deixam sempre sem palavras. Adorei também o que deixaste no meu blog, no dia Internacional da Mulher. Obrigada pelo carinho. Beijo para ti e bom domingo. *****

Lu Costa
Anónimo disse…
Puro deleite este teu poema!!! Um beio enorme :)
Anónimo disse…
Este poema hoje, como sempre arrepiou-me! Esse grito Vem!, parece eco do meu... Beijo
Anónimo disse…
Ser poeta
É da dor criar algo belo
É pensar no amor
E reviver ao escrevê-lo
Ser poeta
É mergulhar nas ondas
Naufragar a tempestade
Esquecer as afrontas
Ser poeta
É escavar no sentimento
Soltar a resina
Estancar o momento
Ser poeta
É sê-lo não dizê-lo
É cantar para fora
O que nos roi cá dentro
Abrir as entranhas
E espalhá-las ao vento.

Adorei... Estás nos meus favoritos...
Anónimo disse…
Um grito de sentimentos, de libertacao, uma súplica, sentido, preciso...
Gostei!
;)
Beijokas Eca, e bom fim de semana*
Anónimo disse…
Bom nao tenho como comentar este texto, apenas assino por baixo. Se me permites, faço minhas as tuas palavras...
Ta lindov
Anónimo disse…
Passei apenas para dizer um simples olá e deparei-me com um excelente texto mt bom adorei.
Parabens
Jokas vampirescas
Anónimo disse…
Oiiiii! Nossa! A cada dia vc se supera! Meu marido tá pra me proibir de vir aqui. rsrsrs
Ele disse que vou ser conquistada por um romantico virtual kakaka
Anónimo disse…
Adorei "entrar" neste teu castelo encantado!... os teus poemas cada vez me conquistam mais, sou uma fã incondicional da tua poesia e talento. Mais uma vez parabéns por esse grande Dom. Beijinhos. *****
Anónimo disse…
Magnifico este teu poema :)) Beijinhos
Anónimo disse…
(...)
ser poeta...

É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…

É condensar o mundo num só grito!


adorei mais uma vez!!!

um xi grande;)
Anónimo disse…
Oi!!! Vim dar uma olhjadinha básica. parece letra de uma música,m ou eu viajei nessa letra linda....
Deixo meu beijo e um super fds
Anónimo disse…
Toma a minha mão... :-)
Obrigada pela visita ao meu cantinho que vim retribuir :-)
Anónimo disse…
Apenas para deixar um beijo e desejar um optimo fim de semana...descansa e aproveita!
****
Anónimo disse…
Olá, mais uma vez um brinde a tua genialidade. Lindo, eu dou a mão.
Beijos
Anónimo disse…
Aceito sugestões. Aproveito para lhe desejar boas entradas no quase Novo Ano. Abraço
Anónimo disse…
Votos de um Bom Ano. Cumprimentos
Anónimo disse…
1ª vez que entro aqui. Adorei. acho que és um poeta fantastico!!!!
André L disse…
A poet
It is pain to create something beautiful
You think about love
And relive writing it
A poet
You dive into the waves
Wreck storm
Forget the insults
A poet
You dig the feeling
Loosen resin
Stan moment
A poet
And if it does not say
You sing out
What hurts us here in
Open bowel
And scatter them in the wind.

Baú das recordações

Será estar apaixonado por aquilo que se vive a melhor garantia de juventude?

Uma curiosidade nasceu deste encontro. Mas nunca teria eu pensado no que viria a seguir. Os meus pensamentos que tinham partido para as praias onde se transformavam no elemento vento. Sonhava com o espaço do mar, com a força das velas, com a proa que assalta as vagas como uma faca que aponta em frente. A noite desceu enquanto o mar subia e se escavava. Um som de ondas quebradas contra as rochas, a oscilação e vaivém nas ondas. No clarão imperceptível que a lua derrama pela escotilha, eu distinguia o teu corpo que era como que um mar por cima de ti. Segui em tua direcção e perguntei: - Viste o meu recado? Sorriste e fizestes que sim com a cabeça. Retribui o sorriso e não soube o que fazer. Sabia que uma mulher é uma flor frágil, que talvez só possa ser colhida de madrugada, nos dias de muito orvalho quando a lua veio acariciar a pele clara, poli-la durante durante a noite de dar uma beleza de marfim ou de pérola. Abriste a mensagem para ti destinada, dobrada em quatro, volta...

Distorção cognitiva

19 anos depois de escrever este poema (escrito em 2006), foi transformado em música (2025). Espero que gostem tanto como eu gostei Da elaborada síntese, Eis que surge, O manifesto, o esboço, de forma muito inesperada, como que perdida pela estrada. Riscada de uma grafite, brilhante e deslumbrante. Onde surge o infinito da matéria compactada Onde nasce o Big Bang, somente em quantidades definidas. Apenas em números inteiros, Proporcional ao liquido Do meu tinteiro. Não, não é apenas uma vontade condimentada nem uma ideia inventada. Nem uma gramática semântica, ou uma equação quântica. É apenas um sentimento que, aflora pela pele, Um sentido puro, Quando... No inicio de tudo... Ela aparece, Ela que surge de rompante e serpenteia pela mente, este sentimento demente. Que causa o movimento impulsivo, E o pensamento conclusivo. Do gesto às palavras, perdura o incitável, O verso doce, A palavra que embala, O gesto que não acaba. Entendes agora porque é insustentável o sentimento de to...

O verso do verbo

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Regresso as origens

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Policromo

andrel · Policromo O teu olhar denuncia, o desejo alongado dos poros que vertem magia, fico pensativo e corado. Numa promessa silenciosa, de ilimitadas caricias, desfaço e descubro, atreves, atiças, e a pele eriça. Nossas bocas incendeiam, e em fogo, condimenta, pouco a pouco, colhendo, o néctar que alimenta. Sinto o teu cheiro, boca desejosa, lingua dormente, Lábios que sentem, mordendo, Numa fúria tão envolvente, como a paixão ardente, Cai, descansei no teu ventre. Minhas asas batem em vôo livre quando desço os desfiladeiro do devaneio. Quero que fiques na minha imaginação em castelos de principes, castelos de areia castelo no coração. Nos meus pensamentos mais secretos, fantasias d´outros tempos num mundo encantado, com mágicos, fadas e duendes num cenário imaginado, eu sei bem que me entendes. Vôo livre solto como o vento, toco, sinto e invento. crio uma moldura quente ou fria um sonho repleto de prazer colhido pela fantasia, faço o que bem entender sou [Quase]poeta e ...

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William Bouguereau Invading Cupid´s Realm 1892 Posterior ao encontro mundano e a tua franqueza explícita tivemos uma visão intrínseca do mundo e do ser pioneiro. O corpo, um desígnio da decrépita percepção verbal[*], estranhíssimo à alma gigantesca; uma mente burlesca; resultante do sentimento intemporal. Uma malícia que se esconde na memória; Um sorriso instigante nos lábios da vida; Um reflexo da existência nunca esquecida; O sentido melancólico de glória. Gerúndio do tempo; Da espiral espaço-temporal, Cronologia sem igual Assaltando-nos em tormento. Vai-se a vida, Da nossa alma, querida. É uma vida, vivida e sofrida, do presente ao passado, recordado de bom grado, como um mistério revelado. Senti esse sabor, perdido no tempo. Com um gesto secular (como a sensação de viver um momento durante séculos), vislumbro a noite que há-de vir. Premeditando ou profetizando, sou o que sou e gritarei versos poeticos para suavizar a carícia. Indignados, vivemos neste Fado (sorte, agouro; aquilo qu...