Espero que gostem. Sinceramente, quando me sentei para compor a letra "Echoes within", eu só queria, sei lá, sintonizar, como se a música já estivesse a trautear algures e eu tivesse de me inclinar e ouvi-la. Essa coisa nem começou com a letra, com palavras. Começou com um pressentimento, acabou em palavras? As palavras apenas foram uma tentativa de colocar no papel o inexplicável. Ui, apareceu bem depois da meia-noite, como um sopro fantasma. Toda a música vive naquele estranho meio-termo: estar sozinho, entre o "não exatamente quem era" e o "não exatamente quem vais ser". Cada verso parece estar pendurado por um fio, mal se aguenta, quase a fundir-se no baixo. Não há grande drama, nenhum momento de "vamos desabafar". Apenas uma espécie de aceno gentil à ideia de que, honestamente, as nossas sombras provavelmente nos ultrapassam a nós próprios. Com a música, eu estava à procura dessa coisa onde ela respira, percebes? Viva, mas de alguma forma f...
Ao compor esta música, senti como se o tempo tivesse parado por um instante, e se assim o posso por, em palavras. No fim, senti um arrepio bom, daqueles que vêm quando algo faz sentido. A música termina como começou, mas algo em mim já mudou. É como se ela falasse de um despertar, não aquele grandioso, cheio de luzes, mas um que acontece em silêncio, dentro do coração. É difícil explicar, mas essa música não é só pra ouvir, é pra sentir. Ela te lembra de respirar, de confiar, de se entregar ao ciclo da vida. E quando acaba, a sensação é de que nada realmente terminou, apenas é um recomeço. Letra : [Omnia, lumen, spiralis..] A breath becomes a dawn unseen, The soul remembers what has been. In the silence, truth unfolds, Ancient rivers turn to gold, Breath of ages, light concealed, In the humble heart revealed. Shine within, not above, Wisdom speaks in quiet love, Every dawn, a sacred flame, We are one, and all the same. (Gloria, lumen, anima mea) In the circle, all returns, A...