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Tem dias...

20 anos depois de escrever este poema (escrito em 2005), foi transformado em música (2025).
Espero que gostem tanto como eu gostei







Tem dias que eu sou usado, e permito!
Tem dias em que a manipulo, e ela permite;
Tem dias que a amo, nem sei porquê,
Tem dias em que me amas, doida, para quê?
Tem dias ... Tem dias ....

Tem dias que desejo não acordar,
Tem dias em que não te deito, no leito;
Tem dias que te quero adorar,
Tem dias que fico a preceito.
Tem dias ... Tem dias ....

Tem dias que te vestes de joias, muitas joias belas...
Porém, não me venhas despida;
Não se esqueça de juntar a elas
Quando vieres, vem com as jóias belas...
Brilhantes, bonitas, coloridas, alegres;
Todas parecidas contigo!
Quando vieres, Vem tu por inteiro...
A joias?

Afinal! Já não precisas.
Tem dias ... Tem dias ....

-x-

"Tem dias..." é um poema de Mestrinho que encapsula a fluidez e a complexidade das emoções humanas, refletindo sobre as nuances do amor e do desejo. Escrito de maneira lírica e com uma sensibilidade característica do autor, o poema é uma espécie de diário emocional que explora a dualidade dos sentimentos em diferentes momentos da vida. Através de versos simples, mas impactantes, Mestrinho oferece uma visão íntima das suas experiências, destacando que cada dia traz consigo uma nova perspectiva e novas sensações.

No poema, as repetições da frase "Tem dias..." servem como um refrão que dá ritmo à composição e reforça a ideia de que a vida é feita de altos e baixos. O autor fala sobre os dias em que se sente amado e desejado, mas também aqueles em que a solidão e a dúvida se fazem presentes. Essa alternância entre momentos de alegria e tristeza é um tema central, refletindo a realidade de muitos que se veem confrontados com a inconstância das emoções. Ao abordar esses sentimentos, Mestrinho consegue criar uma conexão profunda com o leitor, que pode ressoar com suas próprias vivências.

Um dos trechos mais marcantes do poema é a evocatória descrição dos momentos compartilhados com a pessoa amada. O autor menciona detalhes que tornam os sentimentos mais palpáveis, como a imagem da amada adornada com jóias, simbolizando não apenas a beleza externa, mas também a preciosidade dos momentos de intimidade. No entanto, é a vulnerabilidade expressa nas linhas que realmente toca o coração do leitor. Ele revela a incerteza que muitas vezes acompanha o amor, questionando o que leva a aqueles momentos de entrega e desejo.

A musicalização de "Tem dias..." na forma de uma canção em estilo bossa nova adiciona uma nova camada à obra, transformando a experiência do poema em uma melodia suave e envolvente. A bossa nova, com seu ritmo calmo e melódico, combina perfeitamente com a temática do poema, enfatizando as emoções sutis e os sentimentos de nostalgia e romance que permeiam o texto. A música traz uma nova vida às palavras de Mestrinho, permitindo que o ouvinte sinta cada nuance dos versos de uma forma ainda mais intensa.

A combinação do poema com a música resulta em uma experiência sensorial completa que chama o ouvinte a se perder nas suas próprias reflexões sobre amor e desejo. A sonoridade doce da bossa nova, aliada à lírica emotiva do poema, cria um ambiente de reflexão e entrega, onde os sentimentos são capazes de fluir livremente. Assim, "Tem dias..." se transforma em uma celebração tanto da beleza do amor quanto dos desafios que ele pode trazer, convidando todos a abraçar a complexidade dos sentimentos humanos como parte essencial da vida.

Comentários

Anónimo disse…
Olá,vim retribuir a maravilhosa visita que vc fez ao meu blog,estou encantada com tanta beleza e dedicação.
Seus trabalhos são maravilhosos e de muito bom gosto.
Não sei se vc aceita premios,pois não consegui encontrar nenhum local.Mas ficarei imensamente feliz,se aceitar meu award de aprovação.Pois realmente amei o seu blog.
Beijos da Neinha.
Anónimo disse…
Olá, Mestrinho! Obrigada mais uma vez pelas palavras. Prometo escrever o conto do ponto de vista dela. Aguarde. Este seu poema está maravilhoso! Desejo-lhe um ótimo domingo!
Anónimo disse…
:) gstei de ler-te (pa nao variar), principalmente por ser este Tem dias, tao proximo do meu Um dessas dias... jks gds
Anónimo disse…
Olá, tudo bem?? Bem vindo à CDB. espero que consiga fazer muitos amigos, pois estaé uma das finalidades da Comunidade. Um grande abraço...
Papoila disse…
Mestrinho este Tem Dias está belo! Não vir despida e ser por si a jóia... Belo. beijo
Amita disse…
Tem dias que vagueio silente
outros deslizam no sem tempo
Tantos, são tantos os momentos
diferentes
que não vejo, pressinto
esvoaçantes fantasias
pelas cores do sorriso
sereno de mim
Tem dias...Tem dias...
Que fazer se sou assim...

Um encantador poema num belo espaço que fez brotar letras. Obrigado pelas palavras e pela oportunidade de conhecer a tua poesia.
Um bjo, uma flor e um doce sorriso
Anónimo disse…
Tens un blog cheio de sensualidade :)e belissimos poemas... Beijocas

Baú das recordações

Será estar apaixonado por aquilo que se vive a melhor garantia de juventude?

Uma curiosidade nasceu deste encontro. Mas nunca teria eu pensado no que viria a seguir. Os meus pensamentos que tinham partido para as praias onde se transformavam no elemento vento. Sonhava com o espaço do mar, com a força das velas, com a proa que assalta as vagas como uma faca que aponta em frente. A noite desceu enquanto o mar subia e se escavava. Um som de ondas quebradas contra as rochas, a oscilação e vaivém nas ondas. No clarão imperceptível que a lua derrama pela escotilha, eu distinguia o teu corpo que era como que um mar por cima de ti. Segui em tua direcção e perguntei: - Viste o meu recado? Sorriste e fizestes que sim com a cabeça. Retribui o sorriso e não soube o que fazer. Sabia que uma mulher é uma flor frágil, que talvez só possa ser colhida de madrugada, nos dias de muito orvalho quando a lua veio acariciar a pele clara, poli-la durante durante a noite de dar uma beleza de marfim ou de pérola. Abriste a mensagem para ti destinada, dobrada em quatro, volta...

Distorção cognitiva

19 anos depois de escrever este poema (escrito em 2006), foi transformado em música (2025). Espero que gostem tanto como eu gostei Da elaborada síntese, Eis que surge, O manifesto, o esboço, de forma muito inesperada, como que perdida pela estrada. Riscada de uma grafite, brilhante e deslumbrante. Onde surge o infinito da matéria compactada Onde nasce o Big Bang, somente em quantidades definidas. Apenas em números inteiros, Proporcional ao líquido Do meu tinteiro. Não, não é apenas uma vontade condimentada nem uma ideia inventada. Nem uma gramática semântica, ou uma equação quântica. É apenas um sentimento que, aflora pela pele, Um sentido puro, Quando. No inicio de tudo. Ela aparece, Ela que surge de rompante e serpenteia pela mente, este sentimento demente. Que causa o movimento impulsivo, E o pensamento conclusivo. Do gesto às palavras, perdura o incitável, O verso doce, A palavra que embala, O gesto que não acaba. Entendes agora porque é insustentável o sentime...

Regresso as origens

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O verso do verbo

Três circunstâncias têm o verso do verbo. Tem conceito, harmonia e sentido Tem conceito: consequentemente, para dizer que é rítmico e o acento sabe à música na alma Tem harmonia: consequentemente, palavras que dão forma às melodias, graves ou agudas… Melodias na alma que enche o ego, a quem lê e a quem escreve. Tem sentido: pela razão, palavras que expressam sentimentos, narram histórias, com a fantasia do verbo, que vai da prosa ao reverso Genuíno e com sentimento, o verbo chega profundo na alma, com magnitude estrondosa, do verso até a prosa. O verbo que voa livre. … Porque livre é o verso e livre será a alma! Livre é o verbo de escritos novos, com dizeres sábios dos povos. Onde, revivem mil histórias, histórias de vidas e de glórias Histórias do amor, com alegria e dor. Que detalha com calma A música que vai na alma… As história que narraram sobre a chave do sol, com palavras de afeição, esse sussurro nas frases ecoando épocas doces, outras melodias, pois, livre será sempre o sonho ...

Policromo

andrel · Policromo O teu olhar denuncia, o desejo alongado dos poros que vertem magia, fico pensativo e corado. Numa promessa silenciosa, de ilimitadas caricias, desfaço e descubro, atreves, atiças, e a pele eriça. Nossas bocas incendeiam, e em fogo, condimenta, pouco a pouco, colhendo, o néctar que alimenta. Sinto o teu cheiro, boca desejosa, lingua dormente, Lábios que sentem, mordendo, Numa fúria tão envolvente, como a paixão ardente, Cai, descansei no teu ventre. Minhas asas batem em vôo livre quando desço os desfiladeiro do devaneio. Quero que fiques na minha imaginação em castelos de principes, castelos de areia castelo no coração. Nos meus pensamentos mais secretos, fantasias d´outros tempos num mundo encantado, com mágicos, fadas e duendes num cenário imaginado, eu sei bem que me entendes. Vôo livre solto como o vento, toco, sinto e invento. crio uma moldura quente ou fria um sonho repleto de prazer colhido pela fantasia, faço o que bem entender sou [Qu...

Poesia por partes

Entre palavras, lágrimas e emoções, O sentimento indomável, do amor impecável, Cheio de diálogos parvos, Monólogos absurdos. Nas mãos pertinentes, Na tortura inocente No silêncio que vigia. Com a tua demagogia Na infecção semântica. O limite do apego, O sossego, mais que os olhos, o olhar. Sorriso omnipresente, Sentimento recente. Do amor eu tenho parte, Corpo curvo em forma de arte, Sobra a parte de outra parte. Outra parte é ninguém, outra parte linguagem, Uma parte pesa e pondera, outra parte delira, Uma parte grita e canta, a outra parte se espanta Uma parte é permanente, outra parte aparece de repente. Uma parte é só vertigem. Outras partes se convergem em uma parte de cada vez. E assim nasce o poema, Composto de muitas partes. e se reparte. "Poesia por partes" é um poema que evoca uma intensa expressão de entrega e devoção. A obra se destaca pela sua profundidade emocional e pelas imagens ricas.  A linguagem utilizada é carregada de lirismo, com um toque de delicadeza e...

Uma historia de amor.

Por Adam Martinakis Explore Photo Realistic Surrealism Em verso livre, harmonia e sentido consequentemente, soltam-se rimas, ou talvez não, para dizer em ritmo, da música à alma. Consequentemente, das palavras que dão forma, que do nada se transformam em tudo, palavras que narram a história, à feição dela, com sonoridades sábias. Mas a jovem, nesse momento transgrede, os seus ideais, mil vezes sonhados. quando chega, profunda na alma, tal como ela suspira, “É liberdade, possuir, por momentos fortes, com sensualidade de seda, como uma Histórias de amor, uma história cheia de melodias.” São estas palavras de afeição, esse sussurro nas frases, que nos dá um “ar” de perfeição. Não esquecendo, os sentimentos vergonhosos(bons, não?), consequentemente, da causa ao efeito, onde. nem tudo é pensado, sentido, escrito, descrito, captado, respondido. Gosto quando ela, aparece e transparece a beleza, aparência, charme e encanto, com riqueza nas ideias, com mestria nos gestos, com os seus p...

Armada de sedução

Foto - Jaeda De Walt No limiar de tudo o que era esperado, em forma astuta foi revelado que ela tem código, ela tem técnica. Posso despejar toneladas de tinta, sem conseguir escrever uma frase completa, lembrar que és como a Água , fonte de subtil desejo. Adora "devorar" por completo e fazer da Terra o Fugaz desejo, Mulher armada de sedução, cheia de Ar , alma e ambição que no beijo se completa, o fogo ardente que consome, que finge ser apanhada e no fim lança o derradeiro ataque. Verdadeiramente. És armada de sedução. Post recolocado para homenagear o Dia da Mulher... (Falta de tempo!) O poema "Armada de Sedução" é uma obra que explora a sensualidade e a complexidade do desejo feminino. Nele, a mulher é retratada como uma figura poderosa e astuta, armada com a sua própria sedução, que é comparada a um código e uma técnica. Através de metáforas e uma linguagem poética rica, o autor expressa a ideia de que a sedução é uma forma de arte que envolve a entrega e a pa...

Anatomia de um sorriso

Em tempos de tristeza Colhi do passado um fresco alento De jovens em fase de intento Que nas frustrações, desesperos e ilusões. Palidamente, desistira da eternidade Desistira de tocar o infinito Sei bem que não me compreendes. Sei bem que já estive mais perto do entendimento. E o único que sinto É este momento. E tudo o que tenho para respirar É o breve alento, o de te amar Porque cedo ou tarde Tudo pode acabar. doce saudosismo que aparece como um cismo E torna o pensamento em um cataclismo. A Mulher A debilidade. Docemente recordo-me Dos tempos vividos Dos sentimentos queridos Das situações causadas Dos nossos caminhos pelas estradas, Da vida Das nossas cumplicidades conhecidas. O coração A emoção Em jeito de lobo mal Boca grande Que excita Que convida Ao acto selvagem. O desejo animal, O prazer carnal Desta força fenomenal Não houve amor igual. Vem, volta ao calor intenso Tenho a certeza que ele será imenso. O poema "Anatomia de um sorriso" é uma obra lírica que explora a p...

Rasgos de (In)sanidade

Nicola Ranaldi Das novas vias para velhos caminhos, Como um mergulho no mar da escuridão. Faz do dia o que faria com o meu, com carinho. Abre novos olhos, olhos de aurora, Cristalinos e vivos, Sempre como foram outrora Não chores! Sobrará sempre tempo para ouvir o lento lamento. Porque a vida será uma vítima E a ambição será a inveja! Agora. Faz do dia uma união com a noite, um pacto, Quente, morno e eterno. Sonha. E vem ao meu castelo encantado, Veste-te de medieval, Transparente, transeunte, indignada, coerente e letal. Come lascivamente, Sem tabu, come docilmente. Vem. Estende tua mão. Dá-me o teu desejo. Vem, exorcizar. Dá-me a boca E a rosa louca. Um beijo E um raio de sol. Nos teus cabelos, Como um brilhante. Explode em sete cores Revelando então os sete mil amores Que eu guardei somente pra te dar O poema "Rasgos de (In)sanidade" é uma obra que expressa emoções intensas e complexas. Através de uma linguagem rica em metáforas e imagens poéticas, o poema evoca sentimento...