5.11.2006

[Inexorabile] Matéria Abstracta



Inexoravelmente, a matéria abstracta do amor, não é apenas uma idéia inventada pela mente humana.
"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida ?
É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa; porque um esboço é sempre um projecto de alguma coisa: a preparação de um quadro; ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada. É um esboço sem quadro." [Milan Kundera]



Mesmo que fora do conhecimento,
Antes do principio do fim
De tudo o que retrata a alegria,
Escondido dentro de mim ...
(ou bem visível)

Mesmo que eu pudesse,
como evitar a lágrima atrevida do passado?
Tudo deveria valer pelo que é demonstrado...
E ecoa o sentimento passado...
Mesmo que eu quisesse me livrar,
Por onde começaria?
O que ficaria?
Se o desconhecido,
No fundo,
É escuridão..
Afinal o que é isso que persiste
no meu coração?


Inexoravelmente, faz pouco tempo, deparei-me de uma forma muito inesperada, com o meu passado. Não se tratou de sonho, nem ilusões, simplesmente existiu algo que ainda não [In]defini, chamado “águas passadas”. Mas será esta realidade um sonho? Mesmo assim ainda guardei uma bela visão de ti, antiga e persistente ao tempo, essa paixão.
Hoje quero apenas sentir esta nostalgia, e nada poderia ter impedido, apenas sentido. Destas palavras condimentadas com todos os temperos, saborosos e amargos, transformam-se na glorificação e perdura por tempos infindáveis. Pensei muito no que passou e não consegui prever aquilo que ainda está para vir. Neste presente quero apenas, e se não for pedir muito de ti, alcançar o inesperado, o inevitável, o inexplorado. Neste presente talvez seja uma gota de chuva que cai e refresca esta ardente [com]paixão. Como ousa esta alma entrar atrevidamente nas minhas emoções, com ousas olhar-me assim nos olhos, vendo-me no passado.

Uma gota que escorre descontroladamente dos meus olhos. Neste presente existe algo que difere o presente e o passado... E isso não tenho dúvidas. Sentimento desvairado de tempestuosa vontade de explodir em sorriso e lágrimas. Que sentimentos contraditórios, estarei a beira da [lou]cura? Só sei que este lado racional não consegue convencer o coração teimoso.

Milan Kundera tinha a verdadeira razão, a vida é um esboço, um esboço do nada, sem quadro. Entendes agora porque este é insustentável o sentimento imperdível de viver pleno de Amor? Existem coisas que não sabemos que sabemos. Como isso é possível?


© Mestrinho 14 de Maio de 2006

5 comentários:

eudesaltosaltos disse...

ola, li atenta e demoradamente aquilo q aqui escreveste e mesmo assim nao tenho mt a dzr pq acho este texto mt pessoal e mt teu... jks

Papoila disse...

"Como ousa esta alma entrar atrevidamente nas minhas emoções, como ousas olhar-me assim nos olhos vendo-me no passado?" Não pode ser sonho ou ilusão. Milan Kundera tinha a verdadeira razão, sim...Beijo

Anónimo disse...

Olá, vim conferir seu bloguinho e amei td por aki...
Mil bjkas, e até breve!!!

Anónimo disse...

A vida é tanta coisa eu não o que é.

eudesaltosaltos disse...

Ola.... sim, percebe-se pela tua forma de escrever q tds os teus textos, poemas, palavras que aqui nos deixaste, sao mt tuas... o q eu quis dzr, é q, normalmente, e p isso mm, encontro pouco a dzr, pq tu dzs tudo, esta td escrito, td o q eu venha a dzr, me parece superfluo... entendes? neste txt, foi isso q senti... dzr-te o q? q concordo? q sinto o mm? tu é q sentes.. eu, se sentir, será com as minhas palavras, p isso é q, com esse texto inicial, eu e tu escreveriamos coisas diferentes, nao achas? :) mas gst mt de cá passar. Mesmo. jks

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