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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2006

Mil palavras em uma só.

Sweetcharade Deslizo os dedos; Abaixo..... Passo por todos os caminhos onde aqueço o dominio do prazer. E é que então: Sem intenção, passamos à acção. Dos beijos que eternizam o poder, por cima da paixão e do prazer, Sopram verso do desejo amante, em ritmo constante Corpos contornantes que, se aprofundam a cada segundo, e suspende o mundo. Melodia de alegria, Contido em grito rouco, Descrito por mil palavras, Convergidas em uma só. Sim mil palavras. Mil expressões aliviam e fazem esquecer, de todas as lamúrias, se me faço entender. Mil palavras complexas, Já voaram do "eu" para o "tu", como ponte que liga duas margens, Só uma das mil palavras, Queria te dizer. Apaixonadamente. em visões tântricas. Profundamente, Não preciso dizer, afinal tu sabes qual das mil palavas eu falo.... -x- "Mil palavras em uma só" é um poema que encapsula a profundidade e a riqueza da linguagem poética, propondo uma reflexão sobre a capacidade das palavras de expressar emoções co...

Talvez não o compreendas

Um momento de silêncio pode dizer muitas coisas, Um simples olhar pode conter todas as respostas, De uma vida sofrida e desgarrada Vieram sentimentos como que do nada Foi-se esta lógica. O promíscuo penar onde: assassinou-se a esperança. apresentou-se o desgosto. retirou-se a vivacidade. Contraiu-se o medo, arrependeu-se o conhecimento. descobertas que traem o coração do complexo à emoção, na descoberta à razão acompanhada pelo silencio das palavras transforma-se no frio olhar , a consciência construída com o tempo, desmontada em segundos fruto dos momentos desconhecidos em sentidos sobrevivente no sonho a perde-se em meio aos gestos silencioso o desgosto apresentou-se. Apresentou-se a consciência a entristecer o coração. Que com a sua falta de sentido, a constitui. Talvez seja este somente um desejo de esquecer E pela vontade de partilhá-lo, ainda hoje recriamos a vida por amor, O sentimento nobre e a dor E pela esperança sustentamos tudo o que nos rodeia, Colhido de um forte sentimen...

O toque no intimo

(Bareta Valery - "Nude") Um sentimento breve que toca n´alma, como um chicote de fogo que invade os sonhos de corpo e alma. Tornando os desejos, breves segundos de êxtase no prazer do encontro final, envolve o abraço, no corpo percorrido pela língua. entorpecido pelos sentidos, e quando abafa os gemidos. Colher um sentimento sem pudor no leito do corpo sedutor. É como extrair a fonte de poder. Muito mais que o querer essa vontade de sedução devassa. Sentido mais quando abraças nesses choques térmicos, nossas razões, nesse momento de desvaneios hipotéticos. Rendido aos caprichos da fantasia, é como sentir na pele o toque que arrepia. Eu sou Homem tu és Mulher. Como um garfo e uma colher que colhe o alimento. Enche a barriga em nostálgicas fases, na louca maravilha do planeta. A que toda a alma atormenta. Sentir fome, sede e cansaço é sentir o toque no intimo. Isto é amor no minimo. -x- "O Toque no Íntimo" é uma obra poética que explora a profundidade do desejo e da c...

Nudez

Uns querem a nudez pornográfica, uns querem a nudez sensual, uns querem a nudez na performance, eu quero apenas O que a luz não alcança e revelar algo mais que a pele uma sentimento que ultrapassa o desejo e renova a alegria do prazer. Eu quero ver os detalhes além do simples desejo e da excitação, do pecado da acção; O acto que não se restringe São essas as coisas que perdurarão -x- O poema "Nudez" de Mestrinho é uma obra que explora a essência da vulnerabilidade, da intimidade e da pureza das emoções humanas. A nudez, neste contexto, não se refere apenas à ausência de roupas, mas também à exposição das emoções e ao desnudamento da alma, revelando a profundidade dos sentimentos que habitam o ser humano. Ao longo do poema, o autor utiliza uma linguagem rica e evocativa para descrever não apenas a imagem física, mas também as sensações que acompanham essa nudez. Cada verso é carregado de significado, onde a nudez se torna um símbolo de entrega e de autenticidade. A simplicidad...

Mil janelas

andrel · Mil janelas - Música Das mil janelas dos quatro cantos da minha casa.. Escrevo o que penso Sem vacilo e sem rasura Escrevo tudo por extenso Sem medo e sem censura O meu ego é conjuntura A minh´alma é convexa Por vezes sem estrutura Por vezes desconexa Desorientado sobre os mapas Escondido em cada mensagem Livre de pálidas máscaras No ritual da passagem Pelas janelas observo O encanto do doce absinto Aquele forte olhar que descrevo Aquela força que sinto Escrevo o que a alma dita, sem freios, sem hesitação. Cada verso é uma trilha infinita, cada palavra, uma revolução. Meu ego é ponte e vertigem, minha alma, curva infinita. Às vezes frágil como vertigem, às vezes caos que ressuscita. Das mil janelas dos quatro cantos da minha casa.. Eu somente estou aqui a glorificar aquilo que encontro, e no fim, perco-me entre o tempo e o espaço. Ultrapasso barreiras e busco na distância imutável, uma razão... e tu? Tu estás aqui ao meu lado, deitada na relva captando a energia pulsante que ...

Doce e feroz

Envolto em pensamentos diversos Tratava-se de algo mais complexo, Sim era o sentimento Que vagueia pelos sete oceanos da minha existência Neste doce aflorar Na vontade de te amar De gritar pelo teu sexo Do desejo selvagem e sem nexo Tu podes com as tuas Pequenas mãos, arrastar-me Para o bote, delicio Sugar-me até ao tutano Da vontade ardente em suplicio Tu queres saber, domar Mas comigo tens de amansar Esta noite vou subir pelas tuas tranças Senhora rapunzel, e vou-te Suspirar no ouvido, aquilo Que sempre desejaste ouvir “És uma Loba em pele de cordeiro!” -x- O poema "Doce e Feroz" de Mestrinho é uma obra que reflete a complexidade e a dualidade das emoções humanas, especialmente no contexto do amor e da paixão. Através de uma linguagem evocativa e rica em imagens, o autor explora o contraste entre os sentimentos delicados e a intensidade avassaladora que o amor pode provocar. Desde o início, o poema estabelece uma atmosfera de tensão emocional, onde o doce e o feroz coexiste...

Je ne dors plus, je suis a toi...

(René Magritte - "La Lumière des coincidence" - 1933") Entre palavras, lágrimas e emoções, O sentimento indomável, do amor impecável, Cheio de dialogos parvos, Monologos absurdos. Nas mãos pertinentes, Na tortura inocente No silêncio que vigia. Com a tua demagogia Na infecção semântica. O limite do apego, O sossego, mais que os olhos, o olhar. Sorriso omnipresente, Sentimento recente. Do amor eu tenho parte, Corpo curvo em forma de arte, Sobra a parte de outra parte. Outra parte é ninguém, outra parte linguagem, Uma parte pesa e pondera, outra parte delira, Uma parte grita e canta, a outra parte se espanta Uma parte é permanente, outra parte aparece de repente. Uma parte é só vertigem. Outras partes se convergem em ... uma parte de cada vez. E assim nasce o poema, Composto de muitas partes... e se reparte. "Je ne dors plus, je suis à toi..." é um poema de Mestrinho que evoca uma intensa expressão de entrega e devoção amorosa. A obra se destaca pela sua profun...

Desconcertante

Foi-se esta doce loucura, Da cama, fingindo dormir um sonho, acordada, Ela é uma obstinada exploradora do corpo, Da alma e da mente descontrolada, Eu fico, Ela vai, Secreta, passiva, serena, Mas ela vai, Eu fico. Tonturas, Calor sufocante, Sem dormir quando ela está longe, Reviro capitulos da história, E... Eu vou, Ela fica, E manhã grita e como um ciclo ou um vício Eu volto Ela volta E juntos amamos a loucura, Como se fosse a primeira vez. -x- "Desconcertante" é um poema que reflete sobre as complexidades das emoções e da vida, utilizando uma linguagem poética rica e provocativa. Desde o início, tento estabelecer uma atmosfera de desconcerto, capturando a essência de sentimentos conflituosos que permeiam a experiência humana. A obra é marcada por uma série de imagens vívidas que abordam a dualidade entre o conhecido e o desconhecido, o familiar e o estranho, criando um diálogo interno que ressoa com o leitor. A estrutura do poema contribui para sua profundidade. Com um fluxo...

Efémero

Adolphe - William Bouguereau (1825-1905) A Soul Brought to Heaven No tempo em que se vive, Morrer, é deixar-se transportar pelo oceano de paixão. Como um acto, No teatro empírico, deixa cair o pano do desejo critico, de anjos que encontram,aquilo que, s em saberem,procuram o que necessitam. Agora que morri Deixei-me transportar por desejos Guiados pelos sábios arcanjos. Afastando-me desta Terra que flutua. Num voo efémero, de alma nua. Mesmo antes de amar um cupido certeiro na paixão explorou o amor, Concluindo-se em excitação. Emoldurei este pensamento Num quadro imaginário Por que em ti Caí e morri Deportei-me para o paraíso Para sentir-me pleno e conciso. No tempo em que se vive, Morri em teus braços Vinde a mim, libertai-me do reino dos céus Dá-me ao espírito, o desejo de reencarnar. Este poema cria uma corrente de amor feminino ao tentar assegurar que o amor terreno é complemento da viagem ao etéreo, através da influência da minha amada divina. Quando o corpo funde com o espírito....