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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2006

Antídoto de agonia

Photo: Marisa Caichiolo Destas ínfimas imagens, gravadas nos limos da memória que compõe os versos desta história Fiquei calado, de corpo e alma, abraçado, ensombrado pelo não aproveitamento de todas as delícias do momento abstrato. Do ato que admite os mecanismos do desejo sobra o gesto espontâneo sobre as sete chaves, deste enigma, pairam a respectivas claves da fechadura que cede e por todas as direções se perde. Aquele cheiro que flutua no ar solto, liberto, a divagar Interessante Mulher em carne deixa o coração que arde. Que no grito de voz humana no fundo do ser emana. Este doce truque de magia O verdadeiro antídoto de agonia. Por isso… Preparo com amor e com carinho Em fogo brando Tempero levemente com o orégãos Cubro de alecrim Saboreio aos poucos Aqui e agora, este Desejo é de loucos. Antes que possas perceber O que está a acontecer Preparo novamente Corro em tons suaves e roucos Devoro aos bocados Admirando, a "presa" nos meus braços nesse doce devaneio, consumido a...

Policromo

andrel · Policromo O teu olhar denuncia, o desejo alongado dos poros que vertem magia, fico pensativo e corado. Numa promessa silenciosa, de ilimitadas caricias, desfaço e descubro, atreves, atiças, e a pele eriça. Nossas bocas incendeiam, e em fogo, condimenta, pouco a pouco, colhendo, o néctar que alimenta. Sinto o teu cheiro, boca desejosa, lingua dormente, Lábios que sentem, mordendo, Numa fúria tão envolvente, como a paixão ardente, Cai, descansei no teu ventre. Minhas asas batem em vôo livre quando desço os desfiladeiro do devaneio. Quero que fiques na minha imaginação em castelos de principes, castelos de areia castelo no coração. Nos meus pensamentos mais secretos, fantasias d´outros tempos num mundo encantado, com mágicos, fadas e duendes num cenário imaginado, eu sei bem que me entendes. Vôo livre solto como o vento, toco, sinto e invento. crio uma moldura quente ou fria um sonho repleto de prazer colhido pela fantasia, faço o que bem entender sou [Qu...

O sabor do Amor

Mais forte que a melancolia A mão escorregadia, que desliza na pele macia, em plena ousadia, húmida como uma melancia. Aquece a orelha fria, Com sussuros que arrepia Entrando envolvente, Queimando o ventre, em sintonia como a arte e a magia. O beijo molhado, O abraço aconchegado, O corpo "malhado", Em jogo entrelaçado, sem nada ter escapado. O olhar colorido, em meio atrevido, um desnudar genial, Em acto sensual, Como o som de um gemido. O desejo desmedido, num pedido rouco, Que quer de tudo um pouco, E quer mais que um louco, O pecado a preceito. Amor ou paixão? Encanto ou poesia? Sexo ou magia? Ou fruto da fantasia. Somente tu e eu, Sinto-me um Romeu, Tal como proteu, Deus do mar que vê e me prometeu, Que este encontro era meu e teu. Eu sou um espião que espreita por entre a vida, Preso na fantasia, © Mestrinho

Despido

Como o reflexo de um espelho Minha alma revela-se tua Sensação contida na frieza nua e crua Uma vontade enorme de dar amor De sentir a sensualidade contida Deixar fluir na embriagues do corpo ardente Nas mãos leves a carícia atrevida Sugado do ser delirante como fogo em brasa, soltam-se as mágoas Numa viagem cósmica de louca paixão beber no poço do amor, a fresca água Vontade que alimenta a fogueira acesa no corpo Que arde e cai como poeira Como as cinzas de um vulcão, despido em louca explosão, Adormecido e Despido dessa inquietação O poema "Despido" de Mestrinho é uma obra que explora a vulnerabilidade emocional e a intimidade que surge ao se expor de maneira autêntica e sincera. Desde o início, o autor utiliza uma linguagem poética rica e evocativa para transmitir a ideia de nudez não apenas física, mas também emocional. O título em si sugere um despojamento, onde camadas de defesa são retiradas, e a alma é revelada em sua forma mais pura. No decorrer do poema, Mestrinho m...

Sede sem igual

Uma confissão vou fazer No amor e no querer. No sopro de uma mulher Guardo um desejo firme como rocha De um dedo perdido nas tuas delicias No ato da língua e as carícias Emociona o coração Nesta vontade de perdição. Que fluí sílabas nos teus anseios Neste sentimento cheio como os teu seios Corri do sol a lua Na tua pele toda nua Dei um olhar fotografado Mesmo sem ser programado. Vem, corre, dança este fado Sente o tango que soa em harmonia Deixa-me sentir também essa alegria Do gosto saboroso da timidez Mesmo quando é a minha vez De nadar na tua boca sem horizonte Da terra ao céu, como uma ponte Desta sede sem igual Como a sede de um animal Deste encontro que não se mede Nem tão pouco se perde Sentir assim febril e excitado É como sentir por ti encarcerado. -x- "Sede Sem Igual" é um poema de Mestrinho que explora a profundidade e a intensidade do desejo humano, utilizando uma linguagem poética cheia de imagens evocativas e metáforas ricas. A obra se destaca pela forma como ca...