4.26.2006

Antídoto de agonia


Photo: Marisa Caichiolo

Destas ínfimas imagens,
gravadas nos limos da memória
que compõe os versos desta história
Fiquei calado,
de corpo e alma, abraçado,
ensombrado pelo não aproveitamento
de todas as delícias do momento abstracto.
Do acto que admite os mecanismos do desejo
sobra o gesto espontâneo sobre as sete chaves,
deste enigma, pairam a respectivas claves
da fechadura que cede
e por todas as direcções se perde.
Aquele cheiro que flutua no ar
solto, liberto, a divagar
Interessante Mulher em carne
deixa o coração que arde.
Que no grito de voz humana
no fundo do ser emana.
Este doce truque de magia
O verdadeiro antídoto de agonia.

Por isso…

Preparo com amor e com carinho
Em fogo brando
Tempero levemente com o orégãos
Cubro de alecrim
Saboreio aos poucos
Aqui e agora, este
Desejo é de loucos.

Antes que possas perceber
O que está a acontecer
Preparo novamente
Corro em tons suaves e roucos
Devoro aos bocados
Admirando, a "presa" nos meus braços
nesse doce devaneio,
consumido antes do cansaço.

Terminado o ritual
Em acto glorificado
Cruzamos nossas almas
Pensamos em harmonia [Tem dias…],
pois cometemos o delito sem pressas,
nas calmas.

No cálice, sorvemos a seiva da feliz alma que deixa o coração a palpitar.
Sentimento em turbilhão,
como a força de furacão.

Desejo, profundamente...

Alimento...

Guardarei um pouco de ti, pois amanhã ainda é dia.

© Mestrinho

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4.22.2006

Deus de mim.


by Adrian Bischoff


Sentir indiferente a esse olhar
Provocador, insensato, insano...
Todas as manhãs colho esses fresco ar.
Afinal sentir assim sedento de ti, é humano.

Beleza de Mulher em policromia,
Acarinhada no semblante real,
Desejada por um artesão,
Que com sua mão, te molde sem igual.

Sentes o medo epidémico de que a nossa glória talvez fosse a nossa destruição...??
Ou talvez não ....

"Está escuro lá fora e, penso, que é hora
De cavalgar pelos desfiladeiros selvagens
De atravessar a Terra dos Gigantes,
Se eu não voltar com ela,
O terrível Gigante ter-nos-á destruido a ambos.
Só assim a nossa paixão será eterna."


Eu, deus de mim próprio, quero provar o doce pecado apocalíptico, a ti, deusa* de ti própria.


fig., mulher adorável pela sua grande formosura ou pela sua nobreza de apresentação.

© Mestrinho

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4.20.2006

Policromo




O teu olhar denuncia,
o desejo alongado
dos poros que vertem magia,
fico pensativo e corado.

Numa promessa silenciosa,
de ilimitadas caricias,
desfaço e descubro,
atreves, jogas, atiças,
e a pele eriça.

Nossas bocas incendeiam,
e em fogo, condimenta,
pouco a pouco, colhendo,
o néctar que alimenta.

Sinto o teu cheiro,
boca desejosa, lingua dormente,
Lábios que sentem, mordendo,
Numa fúria tão envolvente,
como a paixão ardente,
Cai, descansei no teu ventre.

Minhas asas batem em vôo livre
quando desço os desfiladeiro
do devaneio.
Quero que fiques
na minha imaginação
em castelos de principes,
castelos de areia
castelo no coração.

Nos meus pensamentos mais secretos,
fantasias d´outros tempos
num mundo encantado,
com mágicos, fadas e duendes
num cenário imaginado,
eu sei bem que me entendes.

Vôo livre solto como o vento,
toco, sinto e invento.
crio uma moldura quente ou fria
um sonho repleto de prazer
colhido pela fantasia,
faço o que bem entender
sou [Quase]poeta e escrevo poesia
quero brincar, quero crescer

© Mestrinho

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4.19.2006

O sabor do Amor



Mais forte que a melancolia
A mão escorregadia,
que desliza na pele macia,
em plena ousadia,
húmida como uma melancia.

Aquece a orelha fria,
Com sussuros que arrepia
Entrando envolvente,
Queimando o ventre,
em sintonia como a arte e a magia.

O beijo molhado,
O abraço aconchegado,
O corpo "malhado",
Em jogo entrelaçado,
sem nada ter escapado.

O olhar colorido,
em meio atrevido,
um desnudar genial,
Em acto sensual,
Como o som de um gemido.

O desejo desmedido,
num pedido rouco,
Que quer de tudo um pouco,
E quer mais que um louco,
O pecado a preceito.

Amor ou paixão?
Encanto ou poesia?
Sexo ou magia?
Ou fruto da fantasia.

Somente tu e eu,
Sinto-me um Romeu,
Tal como proteu,
Deus do mar que vê e me prometeu,
Que este encontro era meu e teu.

Eu sou um espião que espreita por entre a vida,
Preso na fantasia,

© Mestrinho

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4.16.2006

Uma carta aberta [intimidades]



Entre caminhos que seguem por direcções opostas, consegui definir e realçar o caminho que aparentemente está certo. Nem tudo é perfeito e por vezes a mínima [in]decisão é como sentir perdido por entre as escolhas.
Desejos sim, do sentimento [im]perdível, assim como é, assim como está e assim como és. Este sentimento de que as nossas almas fossem, eternas afirmações de amor e de prazer. Um sentimento que faz a alma penar na ausência, que faz riscar palavras desconexas, com um único e racional pretexto de viver [in]completo de efémeras imagens, nem que por breves instantes sejam. Que mesmo breves, trazem a verdadeira sensação de liberdade, livre de preconceitos. Sentir assim saudoso é como captar movimentos [in]consequentes, calorosos e por nenhum momento banais.
Que efeito que tens “menina” fresca e mimada, este é o sentimento que queda, um sentimento louco e desvairado, um sentimento embriagado de “morrer” nos teus braços e sentir a doce paixão, como se de um momento eterno se tratasse. Neste caminho descobri que és definitivamente uma “menina”, tenra no ideal, cheia de atitude. Cheia de gosto pelos desafios, das apostas, das embrulhadas que se desfazem, das loucuras, dos devaneios.



Com a alma na palma da mão
O teu corpo no meu encaixado
Sedento, louco por ser desejado
Corpos que gemem ao contacto
no acto tresloucado.

Sentir premeditadamente o toque,
O despertador de sensações,
Que enchem de emoções
É como sentir o [in]atingível desde o começo
É o fruto do desejo sentido com apreço.

Na tua pele quente e febril
A tua ardente paixão
Clama prazer e sedução
Neste jogo da vida
É certamente a mais apetecida.


Reafirmar o que já fora dito é como uma soma de desejos, de apetites por saciar, de frustrações, de cóleras, delicias, fantasias despertas, algumas crónicas, outras caóticas. Pensamentos, muitos de enlouquecer apaixonadamente, das muitas de mil maneiras de rir por tudo e por nada, sobretudo de nada ou quase de tudo. Situação caótica, embaraçosa e até por vezes insana. [In]sanidade que leva a seduzir e a recusar pertinentemente em ser mais um. Falo do comportamento, resultado de um índole pessoal nesta espiral elíptica.



Mergulho em solidão voluntária
e Sonolento,
cantava esta melodia
e ouvia.
Enquanto no canto, [d]esperando
[a]guardava.
Um sorriso que chegaria por certo
E que logo marcaria mais uma volta...
no doce relógio da vida.


Talvez já estejas cansada(o) de ler as minhas palavras dispersas de sentimentos [in]fundados, talvez para ti sejam estas palavras banais que falam desconcentradamente de relações. São só uns dedos sedentos de escrever linhas de frases disparatadas, de frases construídas de vivências.

Em meio às minhas orgias intelectuais de caminhos em círculos concêntricos, filosofo acerca do beijo proibido. Assaltado de um pensamento aéreo, permitindo o pecado por várias vezes, antes que o dia amanheça.


© Mestrinho

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4.14.2006

Despido





Como o reflexo de um espelho
Minha alma revela-se tua
Sensação contida
na frieza nua e crua

Uma vontade enorme de dar amor
De sentir a sensualidade contida
Deixar fluir na embriagues do corpo ardente
Nas mãos leves a carícia atrevida

Sugado do ser delirante
como fogo em brasa, soltam-se as mágoas
Numa viagem cósmica de louca paixão
beber no poço do amor, a fresca água

Vontade que alimenta a fogueira acesa no corpo
Que arde e cai como poeira

Como as cinzas de um vulcão,
despido em louca explosão,
Adormecido e
Despido dessa inquietação

© Mestrinho

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4.10.2006

Sede sem igual



Uma confissão vou fazer
No amor e no querer.
No sopro de uma mulher
Guardo um desejo firme como rocha
De um dedo perdido nas tuas delicias
No acto da língua e as carícias
Emociona o coração
Nesta vontade de perdição.
Que flúi sílabas nos teus anseios
Neste sentimento cheio como os teu seios
Corri do sol a lua
Na tua pele toda nua
Dei um olhar fotografado
Mesmo sem ser programado.
Vem, corre, dança este fado
Sente o tango que soa em harmonia
Deixa-me sentir também essa alegria
Do gosto saboroso da timidez
Mesmo quando é a minha vez
De nadar na tua boca sem horizonte
Da terra ao céu, como uma ponte
Desta sede sem igual
Como a sede de um animal
Deste encontro que não se mede
Nem tão pouco se perde
Sentir assim febril e excitado
É como sentir por ti encarcerado.

© Mestrinho

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