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Mensagens

Uma carta aberta [intimidades]

Entre caminhos que seguem por direcções opostas, consegui definir e realçar o caminho que aparentemente está certo. Nem tudo é perfeito e por vezes a mínima [in] decisão é como sentir perdido por entre as escolhas. Desejos sim, do sentimento [im] perdível, assim como é, assim como está e assim como és. Este sentimento de que as nossas almas fossem, eternas afirmações de amor e de prazer. Um sentimento que faz a alma penar na ausência, que faz riscar palavras desconexas, com um único e racional pretexto de viver [in] completo de efémeras imagens, nem que por breves instantes sejam. Que mesmo breves, trazem a verdadeira sensação de liberdade, livre de preconceitos. Sentir assim saudoso é como captar movimentos [in] consequentes, calorosos e por nenhum momento banais. Que efeito que tens “menina” fresca e mimada, este é o sentimento que queda, um sentimento louco e desvairado, um sentimento embriagado de “morrer” nos teus braços e sentir a doce paixão, como se de um momento eterno se trat...

Despido

Como o reflexo de um espelho Minha alma revela-se tua Sensação contida na frieza nua e crua Uma vontade enorme de dar amor De sentir a sensualidade contida Deixar fluir na embriagues do corpo ardente Nas mãos leves a carícia atrevida Sugado do ser delirante como fogo em brasa, soltam-se as mágoas Numa viagem cósmica de louca paixão beber no poço do amor, a fresca água Vontade que alimenta a fogueira acesa no corpo Que arde e cai como poeira Como as cinzas de um vulcão, despido em louca explosão, Adormecido e Despido dessa inquietação O poema "Despido" de Mestrinho é uma obra que explora a vulnerabilidade emocional e a intimidade que surge ao se expor de maneira autêntica e sincera. Desde o início, o autor utiliza uma linguagem poética rica e evocativa para transmitir a ideia de nudez não apenas física, mas também emocional. O título em si sugere um despojamento, onde camadas de defesa são retiradas, e a alma é revelada em sua forma mais pura. No decorrer do poema, Mestrinho m...

Sede sem igual

Uma confissão vou fazer No amor e no querer. No sopro de uma mulher Guardo um desejo firme como rocha De um dedo perdido nas tuas delicias No acto da língua e as carícias Emociona o coração Nesta vontade de perdição. Que flúi sílabas nos teus anseios Neste sentimento cheio como os teu seios Corri do sol a lua Na tua pele toda nua Dei um olhar fotografado Mesmo sem ser programado. Vem, corre, dança este fado Sente o tango que soa em harmonia Deixa-me sentir também essa alegria Do gosto saboroso da timidez Mesmo quando é a minha vez De nadar na tua boca sem horizonte Da terra ao céu, como uma ponte Desta sede sem igual Como a sede de um animal Deste encontro que não se mede Nem tão pouco se perde Sentir assim febril e excitado É como sentir por ti encarcerado. -x- "Sede Sem Igual" é um poema de Mestrinho que explora a profundidade e a intensidade do desejo humano, utilizando uma linguagem poética cheia de imagens evocativas e metáforas ricas. A obra se destaca pela forma como c...

Mil palavras em uma só.

Sweetcharade Deslizo os dedos; Abaixo..... Passo por todos os caminhos onde aqueço o dominio do prazer. E é que então: Sem intenção, passamos à acção. Dos beijos que eternizam o poder, por cima da paixão e do prazer, Sopram verso do desejo amante, em ritmo constante Corpos contornantes que, se aprofundam a cada segundo, e suspende o mundo. Melodia de alegria, Contido em grito rouco, Descrito por mil palavras, Convergidas em uma só. Sim mil palavras. Mil expressões aliviam e fazem esquecer, de todas as lamúrias, se me faço entender. Mil palavras complexas, Já voaram do "eu" para o "tu", como ponte que liga duas margens, Só uma das mil palavras, Queria te dizer. Apaixonadamente. em visões tântricas. Profundamente, Não preciso dizer, afinal tu sabes qual das mil palavas eu falo.... -x- "Mil palavras em uma só" é um poema que encapsula a profundidade e a riqueza da linguagem poética, propondo uma reflexão sobre a capacidade das palavras de expressar emoções co...

Talvez não o compreendas

Um momento de silêncio pode dizer muitas coisas, Um simples olhar pode conter todas as respostas, De uma vida sofrida e desgarrada Vieram sentimentos como que do nada Foi-se esta lógica. O promíscuo penar onde: assassinou-se a esperança. apresentou-se o desgosto. retirou-se a vivacidade. Contraiu-se o medo, arrependeu-se o conhecimento. descobertas que traem o coração do complexo à emoção, na descoberta à razão acompanhada pelo silencio das palavras transforma-se no frio olhar , a consciência construída com o tempo, desmontada em segundos fruto dos momentos desconhecidos em sentidos sobrevivente no sonho a perde-se em meio aos gestos silencioso o desgosto apresentou-se. Apresentou-se a consciência a entristecer o coração. Que com a sua falta de sentido, a constitui. Talvez seja este somente um desejo de esquecer E pela vontade de partilhá-lo, ainda hoje recriamos a vida por amor, O sentimento nobre e a dor E pela esperança sustentamos tudo o que nos rodeia, Colhido de um forte sentimen...

O toque no intimo

(Bareta Valery - "Nude") Um sentimento breve que toca n´alma, como um chicote de fogo que invade os sonhos de corpo e alma. Tornando os desejos, breves segundos de êxtase no prazer do encontro final, envolve o abraço, no corpo percorrido pela língua. entorpecido pelos sentidos, e quando abafa os gemidos. Colher um sentimento sem pudor no leito do corpo sedutor. É como extrair a fonte de poder. Muito mais que o querer essa vontade de sedução devassa. Sentido mais quando abraças nesses choques térmicos, nossas razões, nesse momento de desvaneios hipotéticos. Rendido aos caprichos da fantasia, é como sentir na pele o toque que arrepia. Eu sou Homem tu és Mulher. Como um garfo e uma colher que colhe o alimento. Enche a barriga em nostálgicas fases, na louca maravilha do planeta. A que toda a alma atormenta. Sentir fome, sede e cansaço é sentir o toque no intimo. Isto é amor no minimo. -x- "O Toque no Íntimo" é uma obra poética que explora a profundidade do desejo e da c...

Nudez

Uns querem a nudez pornográfica, uns querem a nudez sensual, uns querem a nudez na performance, eu quero apenas O que a luz não alcança e revelar algo mais que a pele uma sentimento que ultrapassa o desejo e renova a alegria do prazer. Eu quero ver os detalhes além do simples desejo e da excitação, do pecado da acção; O acto que não se restringe São essas as coisas que perdurarão -x- O poema "Nudez" de Mestrinho é uma obra que explora a essência da vulnerabilidade, da intimidade e da pureza das emoções humanas. A nudez, neste contexto, não se refere apenas à ausência de roupas, mas também à exposição das emoções e ao desnudamento da alma, revelando a profundidade dos sentimentos que habitam o ser humano. Ao longo do poema, o autor utiliza uma linguagem rica e evocativa para descrever não apenas a imagem física, mas também as sensações que acompanham essa nudez. Cada verso é carregado de significado, onde a nudez se torna um símbolo de entrega e de autenticidade. A simplicidad...

Mil janelas

andrel · Mil janelas - Música Das mil janelas dos quatro cantos da minha casa.. Escrevo o que penso Sem vacilo e sem rasura Escrevo tudo por extenso Sem medo e sem censura O meu ego é conjuntura A minh´alma é convexa Por vezes sem estrutura Por vezes desconexa Desorientado sobre os mapas Escondido em cada mensagem Livre de pálidas máscaras No ritual da passagem Pelas janelas observo O encanto do doce absinto Aquele forte olhar que descrevo Aquela força que sinto Escrevo o que a alma dita, sem freios, sem hesitação. Cada verso é uma trilha infinita, cada palavra, uma revolução. Meu ego é ponte e vertigem, minha alma, curva infinita. Às vezes frágil como vertigem, às vezes caos que ressuscita. Das mil janelas dos quatro cantos da minha casa.. Eu somente estou aqui a glorificar aquilo que encontro, e no fim, perco-me entre o tempo e o espaço. Ultrapasso barreiras e busco na distância imutável, uma razão... e tu? Tu estás aqui ao meu lado, deitada na relva captando a energia pulsante que ...

Doce e feroz

Envolto em pensamentos diversos Tratava-se de algo mais complexo, Sim era o sentimento Que vagueia pelos sete oceanos da minha existência Neste doce aflorar Na vontade de te amar De gritar pelo teu sexo Do desejo selvagem e sem nexo Tu podes com as tuas Pequenas mãos, arrastar-me Para o bote, delicio Sugar-me até ao tutano Da vontade ardente em suplicio Tu queres saber, domar Mas comigo tens de amansar Esta noite vou subir pelas tuas tranças Senhora rapunzel, e vou-te Suspirar no ouvido, aquilo Que sempre desejaste ouvir “És uma Loba em pele de cordeiro!” -x- O poema "Doce e Feroz" de Mestrinho é uma obra que reflete a complexidade e a dualidade das emoções humanas, especialmente no contexto do amor e da paixão. Através de uma linguagem evocativa e rica em imagens, o autor explora o contraste entre os sentimentos delicados e a intensidade avassaladora que o amor pode provocar. Desde o início, o poema estabelece uma atmosfera de tensão emocional, onde o doce e o feroz coexiste...

Je ne dors plus, je suis a toi...

(René Magritte - "La Lumière des coincidence" - 1933") Entre palavras, lágrimas e emoções, O sentimento indomável, do amor impecável, Cheio de dialogos parvos, Monologos absurdos. Nas mãos pertinentes, Na tortura inocente No silêncio que vigia. Com a tua demagogia Na infecção semântica. O limite do apego, O sossego, mais que os olhos, o olhar. Sorriso omnipresente, Sentimento recente. Do amor eu tenho parte, Corpo curvo em forma de arte, Sobra a parte de outra parte. Outra parte é ninguém, outra parte linguagem, Uma parte pesa e pondera, outra parte delira, Uma parte grita e canta, a outra parte se espanta Uma parte é permanente, outra parte aparece de repente. Uma parte é só vertigem. Outras partes se convergem em ... uma parte de cada vez. E assim nasce o poema, Composto de muitas partes... e se reparte. "Je ne dors plus, je suis à toi..." é um poema de Mestrinho que evoca uma intensa expressão de entrega e devoção amorosa. A obra se destaca pela sua profun...

Desconcertante

Foi-se esta doce loucura, Da cama, fingindo dormir um sonho, acordada, Ela é uma obstinada exploradora do corpo, Da alma e da mente descontrolada, Eu fico, Ela vai, Secreta, passiva, serena, Mas ela vai, Eu fico. Tonturas, Calor sufocante, Sem dormir quando ela está longe, Reviro capitulos da história, E... Eu vou, Ela fica, E manhã grita e como um ciclo ou um vício Eu volto Ela volta E juntos amamos a loucura, Como se fosse a primeira vez. -x- "Desconcertante" é um poema que reflete sobre as complexidades das emoções e da vida, utilizando uma linguagem poética rica e provocativa. Desde o início, tento estabelecer uma atmosfera de desconcerto, capturando a essência de sentimentos conflituosos que permeiam a experiência humana. A obra é marcada por uma série de imagens vívidas que abordam a dualidade entre o conhecido e o desconhecido, o familiar e o estranho, criando um diálogo interno que ressoa com o leitor. A estrutura do poema contribui para sua profundidade. Com um fluxo...

Efémero

Adolphe - William Bouguereau (1825-1905) A Soul Brought to Heaven No tempo em que se vive, Morrer, é deixar-se transportar pelo oceano de paixão. Como um acto, No teatro empírico, deixa cair o pano do desejo critico, de anjos que encontram,aquilo que, s em saberem,procuram o que necessitam. Agora que morri Deixei-me transportar por desejos Guiados pelos sábios arcanjos. Afastando-me desta Terra que flutua. Num voo efémero, de alma nua. Mesmo antes de amar um cupido certeiro na paixão explorou o amor, Concluindo-se em excitação. Emoldurei este pensamento Num quadro imaginário Por que em ti Caí e morri Deportei-me para o paraíso Para sentir-me pleno e conciso. No tempo em que se vive, Morri em teus braços Vinde a mim, libertai-me do reino dos céus Dá-me ao espírito, o desejo de reencarnar. Este poema cria uma corrente de amor feminino ao tentar assegurar que o amor terreno é complemento da viagem ao etéreo, através da influência da minha amada divina. Quando o corpo funde com o espírito....

Inabalável esperança

Photo by `noir (2002-2006) Quando por ti passo, na tua praia, E observo tua silhueta, Envergonhada, deitada n’areia, Quando por ti passo, E esbracejas um sorriso, O sorriso que contém O mistério perverso do compromisso. No trampolim dos sonhos, Tu te rebaixas e rebolas Desejosa de colo. Colo, que eu nunca tive És só uma Mulher que vive. Com a alma envergada Para o dia da vigília, alma velada. E agora que o corpo entorpece Veio a luz clara, como a teia que se tece. A vida que queremos ter antes de viver A vida sofrida de querer, difícil de antever. Como o arco-íris e as suas tintas Coloridas, com formas distintas. Agora que jaz pálida Na essência do dom material Na força do prazer carnal Sem esquecer que eram assim Este esplendoroso jardim Chora e cobre-te de luto Desse amor passado devoluto Deita na minha cama Diz-me agora a quem amas Planta em ti uma semente Da esperança fundida de desejo demente Mostra o teu lado selvagem Assume-te com coragem Porque assim desejaste E a minh´alma enc...

Prognóstico da saudade

A alma hoje fala… Fala de predição, de uma saudade recolhida. De um segredo, um mistério por aclarar, Reflexo de uma existência nunca esquecida Revivido na memória, para aclamar. Malícia da memória onde se esconde o inicio, Memória dos tempos que não se apaga. A força do “querer” nos tempos de outrora, Faz sentir a melancolia, tão intensa que afoga este justificativo que perdoa o esquecimento, agora. Vai-se a vida Vivida Sofrida Compreendida Vai-se a geração, Vão e vêem pessoas, Umas más, outras boas Revela-se segredos, Descobrem-se desejos. Conhecem-se sombras escondidas, Outras compelidas. Uns com sonhos presentes, Outros com intentos dementes. Daquela mulher amada, Fruto desta recordação, declamada. Que foge ao presente que atormenta, E revive o passado que ao futuro alimenta. Vai-se a vida Nesta memória premissa, presente e futura, Sempre com “ar” de que dura. Alimentando de vida sua própria existência, esta saudade. -x- "Prognóstico da Saudade" é uma obra poética de Mest...

Na Teia

Primeiro não havia nada Nem mesmo o fino fio da navalha Nem sentido nem o pensamento obtuso Estava completamente confuso Pois não havia nada, Senão o espírito de tudo Quando vislumbrei as curvas que tomam forma de uma diva Espírito de tudo e que priva Torna-se o verso e reverso De tudo que é o universo Neste primeiro olhar Assim que passei a desejar Tudo quanto não havia neste Sentimento de alegria Assim passou a haver Num determinado dia Vendo-te ali deitada tão calma e serena tive vontade de deitar ao teu lado, mesmo com a alma pequena sinto o meu olhar distante, observando teu corpo nu, sorri suavemente. abrindo os olhos e a fitar... Confundir corpos, sentir inteiro, sem medo e sem pudor movimentos lentos e ritmados a loucura de amar. Nesta carne sobre a carne gravada numa tatuagem um só corpo, uma só carne Da serpente no cio sedução do prenúncio do íntimo do desejo. Sobre a cama nudez envolvente que paira sobre a mente o delírio do destino As mãos que descobrem os segredos os lábio...

Nas pernas, nas costas, nas partes [Repost]

Além do olhar de afronta feroz e da loucura atroz Do corpo que chama , quando avanças. Da profunda chama que inflama quando surge a noite, quando danças . Cumplicidade, por que tudo em ti fala. Então estamos presos, Sem remorsos e sem vergonhas Descobrindo no desafio as artimanhas. Dominar essa força no coração, Louco de paixão, é como cortar a respiração . Tarados, sentados e atados. Acordo faminto de um longo sono Farejo a caça, cordeiro em pele de lobo Que esconde uma pele clara e rosada O beijo na tua boca tatuada Onde provo o vinho e a carne ardente Beber, sugar, lamber a saliva quente Penetrar no teu mundo É encaixar bem fundo Nas pernas, nas costas, nas partes Provamos de todas as artes O poema "Nas pernas, nas costas, nas partes [Repost]" de Mestrinho é uma obra que evoca a sensualidade e a conexão íntima entre duas pessoas, refletindo a profundidade do desejo e da atração física. Através de uma linguagem poética rica e sugestiva, o autor explora a experiência do...

Embriagado

Autor M. C. Escher - Relativity 1953 Lithograph Bebo de ti ... Toda a paixão que te resta Voltas-me as costas ... E com uma lágrima celebro o nosso laço, Desculpas-me? Bebi demais de ti? Poderemos sorver o cálice mais uma vez? Para juntos bebermos lentamente a essência da vida da paixão desmedida do sentimento traiçoeiro. O amor, como se fosse o primeiro. Neste encontro derradeiro. Aguardo uma eternidade por uma resposta, e espero assim perdido No labirinto deste sentimento Cíclico. Do limiar do desejo copérnico. -x- "Embriagado" é um poema que mergulha nas profundezas da experiência emocional, utilizando a metáfora da embriaguez para explorar temas como o amor, a paixão e a vulnerabilidade. O autor, Mestrinho, evoca uma sensação intensa de entrega e transcendência que vem com a consumação do amor, comparando esses sentimentos à perda de inibições que a embriaguez provoca. Através de uma linguagem poética rica e evocativa, o poema captura a essência do que significa estar com...

Entre o tempo e o espaço

andrel · Entre o tempo e o espaço - Música Quem me dera que no fogo da paixão Chegasse a perfeita conclusão Que quando no espelho te vejo vejo apenas o reflexo do meu desejo Os teus olhos esconde o encanto que eu vejo escondido atrás do manto Não quero acordar abandonado Nem sentir doente e mal amado Vamos tornar nossos desejos Num brinde de êxtases que prevejo Neste envolvente abraço, Eu sou Homem tu és Mulher Como um garfo e uma colher Que corta e colhe o alimento Enche a barriga no momento Deixa uma qualquer alma saudosa Em harmonia, alegre e cheia de prosa Desta maravilha do planeta A toda as almas atormenta Deste fome, sede e cansaço Alimentado no forte abraço -x- "Entre o Tempo e o Espaço" é um poema que captura a essência da experiência humana em relação à passagem do tempo e à busca por significado em meio à sua fluidez. O autor utiliza uma linguagem poética rica e evocativa para explorar a intersecção entre o que é efêmero e o que é duradouro, refletindo sobre a nat...

Negridão

Fotografia de Marisa Caichiolo - Dendrobates histrionicus Despejos da beatitude* Complexa e com atitude. Em tons de poesia descontrolada Composta de fonética e palavras Cheia de tudo, cheia de nada. - O meu nome é Poesia. Diz. Sou tua, e tua alma é minha. Imagens estáticas, vaporosas; Que convidam para a dança Sejam em versos, sejam em prosas. Entre frases e sentimentos Ela move entre os abismos Dama segura e atraente. Sobe e desce pelos sonhos, impelindo escritos dementes Sustenta entre a loucura e a sanidade, a poesia provocadora que alimenta. Uma chama que ilumina a negritude . Um vento que refresca e condimenta. O vinho que acompanha carne Palavras banidas, Palavras traidas, É poesia... Sem entender o universo, Esforçamo-nos inutilmente Para a fazer bela Transparente, atrevida, indignada e coerente, querendo dominá-la. Nesta voz do vento, Quero o fogo de sabedoria Em uivos de lamento Era tudo isso que eu queria. Tenho medo de viver como se tivesse perdido. Morrer sem nunca ter a en...

Disparidade homónima

Ted Nasmith Sufocado no meu ser, enquadrado no gênio e desviado da mente, Vingança em silêncio do amor indecente. Com um anel de diamante, muito brilhante. Que cairá E que denunciará O ser angustiante, Quando tu de mim, aproximar. Este é o meu juizo, o meu ódio, o teu riso. Venceste. Não posso mais. Muito mais te tirei, do que entregaste. Inútil luta. Tombei. Ganhaste. Esta parte. Lutaste como ninguém. Segue livre nos teus passos. Se um dia a tristeza chegar, não me culpes pela dor, com sabor de ressentimento sábio. Sabor diferente do teu lábio. Segundo o meu aprendizado, nada poderia ser questionado. Venci, venci não na razão.... Apenas na paixão... -x- "Disparidade Homónima" é um poema de Mestrinho que mergulha nas nuances da dualidade do ser, explorando a complexidade das relações e a incessante busca por compreensão e conexão. A obra se destaca pela forma como o autor utiliza a linguagem para criar contrastes, refletindo sobre a coexistência de sentimentos opostos e a int...